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Mercedes busca respostas para reagir
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Octacampeã mundial de Construtores, maior sequência de títulos da história da F1, a Mercedes ainda busca respostas para o que aconteceu no último fim de semana, no Bahrein. E corre com alternativas para tentar alguma reação na Arábia Saudita, a partir de sexta.
Acostumado a andar na frente, o time alemão foi apenas coadjuvante na abertura do Mundial. Hamilton em nenhum momento flertou com a pole. Assistiu de longe ao embate entre Leclerc e Verstappen e precisou se conformar com o quinto lugar no grid. Russell, em sua estreia como titular da Mercedes, largou apenas em nono, atrás até da Haas de Magnussen.
Na corrida, o mesmo cenário. Nas palavras de Hamilton, foi um GP para "minimizar os danos". Tudo caminhava para quinto e sexto lugares até as Red Bulls subitamente deixarem a corrida. De uma hora pra outra, o pódio caiu no colo do heptacampeão. Russell cruzou em quarto.
"Foi uma corrida solitária. Estamos bem longe de onde queremos", disse o novato do time.
O maior problema, agora, é o pouco tempo para estudar o carro e tentar soluções. As equipes já estão em Jeddah, onde na sexta começam os treinos para a segunda etapa da F1. Só depois haverá algum respiro, mesmo assim curto: o GP seguinte será na Austrália, em 10 de abril.
Sem poder voltar para as sedes, tanto a Mercedes como suas adversárias estão mandando vir peças da Europa, na expectativa que funcionem ao serem encaixadas nos carros. Os treinos de sexta serão laboratórios para esses componentes.
A esperança da equipe alemã está em novos aerofólios, menores do que os usados no Bahrein.
"Provavelmente usamos asas grandes demais", disse Wolff, o chefe da equipe. "Nossos carros estavam com muito arrasto e isso aconteceu porque naqueles momentos nos faltavam peças. Agora espero que possamos remediar isso."
A falta de velocidade é o que mais preocupou a Mercedes no Bahrein. Em ritmo de classificação, Hamilton e Russell foram, respectivamente, apenas 15º e 17º no speed trap, o radar posicionado no ponto mais veloz do circuito.
Pérez, da Red Bull, foi o que passou mais rápido por ali, a 323,2 km/h. Hamilton registrou 315,4 km/h. Russell, apenas 314 km/h.
"Resolver a aerodinâmica agora é fácil. É só pegar uma serra elétrica e cortar um pedaço da asa traseira. O importante é não deixar dúvidas nesse ponto para que possamos entender exatamente qual é a defasagem do motor", completou Wolff.
Em outras palavras: na velocíssima pista de Jeddah, a Mercedes vai sacrificar a estabilidade dos carros para poder usar ao máximo a potência do motor.
É o que dá para fazer agora. As questões sobre a unidade de potência, que também preocupam, só poderão ser atacadas quando a equipe retornar para a sede.
Esta será a segunda visita da F1 à Arábia Saudita. E a primeira não faz muito tempo: menos de quatro meses, em dezembro, para a penúltima etapa do campeonato.
Foi um banho da Mercedes: pole, melhor volta e vitória de Hamilton.
Taí mais uma enorme evidência da mexida que o novo regulamento promoveu na categoria. Desta vez, se conseguir novamente beliscar um pódio, o heptacampeão voltará para casa sorrindo.
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