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Fábio Seixas

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Diretor da F1 reforça veto a piercing e correntes; veja programação

Lewis Hamilton, de piercing no nariz, no desfile dos pilotos antes do GP do Bahrein, que abriu a temporada 2022 - Clive Mason/Getty Images
Lewis Hamilton, de piercing no nariz, no desfile dos pilotos antes do GP do Bahrein, que abriu a temporada 2022 Imagem: Clive Mason/Getty Images

Colunista do UOL

07/04/2022 09h07

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Um aviso de duas linhas nas instruções do diretor de prova aos pilotos, praxe antes de cada GP, causou algum estranhamento no paddock de Melbourne nesta quinta-feira.

É um lembrete de um ponto do Código Esportivo Internacional, uma sopa de letras e número: Apêndice L, Capítulo III, 5. Diz o texto: "o uso de joias em forma de piercing ou correntes de metal é proibido durante a competição e deve ser checado antes da largada".

O nome do Hamilton não aparece no aviso. Mas eu pensei nele, você pensou nele, todo mundo pensou nele. Provavelmente, o autor das instruções também, o alemão Niels Wittich. Mas regras são regras, e esta não é nova: está lá no regulamento desde 2005. O mais importante, a orientação tem um porquê: evitar ferimentos extras em caso de acidente.

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Em destaque, trecho das instruções do diretor de prova da F1 alertando sobre o veto a piercings e correntes
Imagem: Reprodução

Hamilton não falou, mas como bom moço certamente não vai reclamar. E aí está outro ponto: não falou porque as entrevistas coletivas agora acontecem às sextas-feiras, novidade deste ano para tentar encurtar os fins de semana de parte do estafe da F1. Entendo, é do jogo e é consequência direta do calendário cada vez mais inflado. Mas isso matou as quintas-feiras. E na sexta, quando eles falam, ninguém presta muita atenção, já que tem carro na pista...

Quem falou foi porque participou de algum evento extraoficial, e nisso Melbourne é espetacular. Ao lado de Montréal, é a cidade que mais vive, que mais celebra, que mais abraça seu GP. Comerciantes decoram as ruas, restaurantes se vestem com as cores das escuderias, há exposições de carros e festivais de música no meio da cidade, a qualquer hora. É delicioso.

Nesta onda de eventos, ninguém se divertiu mais do que Alonso e Pérez nesta quinta. Os dois deram voltas no circuito pilotando carros da Supercars, a "Nascar australiana".

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Sergio Pérez, da Red Bull, experimenta carro da Supercars australiana na pista do Albert Park
Imagem: Bryn Lennon/Getty Images/Red Bull

"Fica entre o GT3 e a Nascar. É divertido de dirigir porque os carros são muito parecidos", contou o espanhol. "Tentei me comportar. Mas quem sabe não corro aqui um dia? Não é um plano a curto prazo, mas aprendi a nunca dizer nunca". Os anfitriões, claro, foram ao delírio.

E a decisão de estabelecer quatro zonas de DRS no Albert Park? "Vai tornar a corrida taticamente mais interessante", disse Bottas. "É preciso criar um equilíbrio, mas esses carros são novos e ainda não há muitos dados disponíveis. Espero que façam alguns ajustes para a próxima temporada. Tornar as ultrapassagens fáceis demais é algo ruim", opinou Magnussen.

Aliás, a Haas viverá uma situação extrema nos próximos dias. Depois do acidente de Schumacher em Jeddah, não restou nenhum chassi reserva para a equipe na Austrália. Todo cuidado será pouco para não esbarrar nos muros do Albert Park.

Para o público brasileiro, será a primeira corrida de madrugada desde 2019. Muita gente que chegou agora, trazida pelo fenômeno "Drive To Survive", terá essa experiência pela primeira vez. Não deixa de ser um grande barato.

A programação do GP da Austrália, terceira etapa do Mundial de F1, está abaixo, no traço fino do genial Pilotoons...

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Programação do GP da Austrália
Imagem: Pilotoons