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Leclerc faz 7ª pole do ano e agora torce para Ferrari não estragar tudo
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Leclerc fez a parte dele. Cravou a pole position para o GP da França, 12ª etapa do Mundial de F1, em Paul Ricard. Agora, torce para a Ferrari não estragar tudo no domingo.
É sua 16ª pole na carreira, a sétima nesta temporada, a primeira em solo francês e a primeira desde o GP do Azerbaijão, no mês passado.
Agora é que vem a parte mais difícil: tentar encerrar uma sequência infeliz.
O monegasco não conseguiu vencer nenhum dos últimos quatro GPs em que saiu na ponta do grid, geralmente por erros de estratégia da Ferrari. Como escrevi aqui, ele estaria a apenas dois pontos da liderança do Mundial caso a equipe não tivesse errado tanto neste ano. A realidade é diferente e bem mais dura: 38 pontos o separam hoje de Verstappen, o líder.
Além de torcer para a Ferrari não errar, Leclerc terá de lutar sozinho.
Sainz, seu companheiro, vai largar da última fila do grid. Depois de trocar a centralina eletrônica na sexta, o espanhol fez o lógico e aproveitou para trocar também motor a combustão, turbo, MGU-H, MGU-K. Assim, poupa uma punição mais à frente no campeonato. Magnussen, da Haas, também trocou componentes e largará ao seu lado na turma do fundão.
Verstappen sai em segundo lugar. A segunda fila terá Pérez e Hamilton, seguidos por Norris e Russell.
Foi a conclusão de um sábado que começou diferente.
No último treino livre, Verstappen foi o mais rápido, com 1min32s272, 0s354 melhor do que Sainz. O resultado levantou uma desconfiança no paddock. Será que daria pra Red Bull?
A resposta veio logo no começo da classificação. Ficou claro que não daria.
A sessão classificatória aconteceu com 31°C no ar, 56°C no asfalto.
Em sua primeira saída para o Q1, Leclerc fez o melhor tempo do fim de semana até então: 1min31s727, mais de meio segundo melhor que a marca do holandês no treino anterior.
O recado estava dado.
Verstappen ficou em segundo, a 0s164. Sainz foi o terceiro, seguido por Pérez e Norris.
Os cortados foram Gasly, Stroll, Zhou, Schumacher e Latifi.
No Q2, mais uma demonstração da força da Ferrari, desta vez com Sainz. O espanhol demoliu o tempo do parceiro: 1min31s081. Leclerc ficou a 0s135, seguido por Verstappen, Pérez e Hamilton. Avançaram, ainda, Alonso, Russell, Magnussen, Norris e Tsunonado.
Ricciardo, Ocon, Bottas, Vettel e Albon foram os eliminados da vez.
Veio então o Q3.
Na primeira sequência de voltas, Leclerc mandou 1min31s209. Verstappen tentou tudo e ficou perto, a 0s008.
Todos foram para os boxes, trocaram pneus, partiram para a decisão. Leclerc contou com a ajuda do vácuo de Sainz e melhorou ainda mais: 1min30s872. Verstappen ficou 0s304 aquém.
Na entrevista após a classificação, o monegasco se disse surpreso com o ritmo da F1-75.
"Surpreendi-me no Q1. Foi outra surpresa no Q2, estávamos muito fortes. De alguma forma demos a volta por cima", disse. "Sofri bastante no fim de semana para encaixar uma volta perfeita. Se não fosse o Carlos teria sido muito mais próximo. O carro parece bom, vamos ver como vai ser na corrida."
Verstappen não estava satisfeito: "Treino livre não é classificação. Sofri muito com aderência, mas acho que temos um carro decente para a corrida. Espero que as coisas virem a nosso favor, somos rápidos na reta. Vamos ver."
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