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F1 chega a Spa com nostalgia antecipada; veja programação do GP da Bélgica
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A F1 desembarca em Spa-Francorchamps, nesta quinta, com um clima de nostalgia antecipada.
É daquele tipo de notícia que ninguém que ouvir, mas que todos desconfiam que pode chegar logo: existe uma boa chance de o circuito belga não estar no calendário de 2023.
Por quê? Os motivos são os mesmos da saída do GP da França, confirmada na quarta por Domenicali, o chefe da Liberty: "Queremos encontrar o equilíbrio, com um terço das corridas na Europa, um terço no Extremo Oriente e outro terço na América e no Oriente Médio. E queremos correr na África, vamos resolver esta situação nos próximos dias".
São muitos candidatos para 23 datas, limite imposto pela FIA _o que, convenhamos, já é um calendário bastante inchado. Aí, vale a lei de mercado. É oferta e demanda: quem paga mais, leva. E os promotores europeus, hoje, não têm como competir com Ásia e Oriente Médio.
A Alemanha, algo impensável anos atrás, não recebe um GP desde 2019. A França dançou agora. Mônaco esteve na mira, mas deve se salvar pela tradição e pela força política. A Bélgica tornou-se o próximo alvo, e Domenicali deixou claro que o traçado, a mítica e a história de Spa são meros detalhes. O que vale é quanto os promotores estão dispostos a pagar por uma das 23 datas.
"Cada vez mais o futuro está ligado aos governos e promotores que veem seu GP como um investimento para o país. Uma possibilidade é encontrar algum tipo de proposta de rodízio que permita que todos façam parte do calendário. Porque acho que é uma questão de respeito", declarou o italiano, na entrevista em que confirmou a saída de Paul Ricard.
Esqueçamos o sentimentalismo. O dinheiro manda, já tratamos disso aqui no blog algumas vezes. Mas ao descartar circuitos e países tradicionais, a Liberty corre o risco de dar um tiro no pé. Porque novos mercados não são fiéis ao seu produto. E porque nenhum novo circuito, principalmente nenhuma dessas pistas pirotécnicas de rua, passa perto da magia de Spa.
"É minha pista favorita, espero que fique no calendário", resumiu Verstappen, atual campeão e líder do Mundial. "Sempre gostei de correr em Spa. E os fãs são incríveis", disse Pérez, seu colega de Red Bull. "Spa dispensa apresentações. É uma pista clássica, que traz uma sensação de old school, palco de muitos momentos icônicos da F1", disse Wolff, chefe da Mercedes.
Foram momentos de glórias e tragédias.
Spa recebe corridas desde 1925 e foi palco do quinto GP da F1, em 1950.
Em 1952, Alberto Ascari uniu duas eras: venceu o GP, repetindo o feito do seu pai, Antonio, naquela corrida inaugural, 27 anos antes. Em 1960, Spa chorou com duas mortes: Alan Stacey, após um pássaro acertar seu rosto, e Chris Bristow, que bateu num morro. Três anos depois, o circuito viu uma de suas maiores largadas: debaixo de chuva, Clark saiu em oitavo e já era o líder quando chegou à Eau Rouge.
Teve muito mais. Teve a vitória espetacular de Senna em 1988, teve a estreia de Schumacher há exatos 31 anos, teve o caos na largada de 1998, teve a ultrapassagem de Hakkinen sobre o alemão em 2000, teve o show de Raikkonen em 2004, teve Massa celebrando em 2008...
E pode ter outro belo capítulo vindo aí, num circuito que foi reformado para este ano, com novas regras para reduzir o porpoising e com expectativa de chuva para sexta e sábado.
A programação completa do GP da Bélgica, que marca o fim das férias da F1, está abaixo, no traço fino do craque Pilotoons.
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