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Fábio Seixas

REPORTAGEM

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Mercedes escala holandês de novo e deixa claro plano para 2023

O holandês Nyck de Vries, que vai andar com o carro da Aston Martin na sexta-feira de Monza  - LAT Images
O holandês Nyck de Vries, que vai andar com o carro da Aston Martin na sexta-feira de Monza Imagem: LAT Images

Colunista do UOL

06/09/2022 14h58

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No primeiro treino livre para o GP da Espanha, em maio, Nyck de Vries estava lá, com o carro da Williams. Na primeira sessão do GP da França, em julho, o holandês apareceu novamente, mas com macacão da Mercedes. Em Zandvoort, no último fim de semana, ele passou a corrida toda ao lado de Wolff, o chefe da equipe alemã, alvo fácil das câmeras de transmissão.

E adivinhem quem foi chamado para andar com a Aston Martin em Monza, nesta sexta?

Em comum, as três equipes usam motores Mercedes, montadora que De Vries defendeu nas últimas duas temporadas na Fórmula E, o Mundial de monopostos elétricos da FIA.

Três treinos livres por três equipes diferentes não é coincidência. É um plano. O holandês de 27 anos, campeão da F2 em 2019 e da Fórmula E em 2021, está sendo preparado pela marca alemã para a possibilidade de assumir um cockpit na F1 no ano que vem. E seria na Williams.

A montadora adotou uma tática inteligente, explorando uma novidade do regulamento. A partir deste ano, cada equipe obrigatoriamente precisa escalar novatos em dois treinos livres. É uma maneira de dar rodagem a pilotos de testes que, na prática, quase nunca testam.

Em Barcelona, De Vries percorreu 131 km e foi 18º, imediatamente à frente de Latifi. Em Paul Ricard somou mais 134 km e ficou em nono, cinco posições atrás de Russell. Desta vez, seu parâmetro será Stroll _o holandês assumirá o carro de Vettel, já à beira da aposentadoria.

A vaga em que ele está de olho é a de Latifi. E o relógio está correndo.

Nas férias da F1, o canadense foi avisado pela Williams de que seu desempenho na sequência de três etapas de agosto e setembro seria decisivo.

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Nicholas Latifi, da Williams, que ainda não pontuou na atual temporada da Fórmula 1
Imagem: Williams

"Eu sei quais são os objetivos do meu lado. A equipe quer desempenho, claro. No fim das contas, vai ser isso que vai decidir tudo", declarou Latifi na Bélgica. "Vou tentar dar o máximo possível dentro do carro nessas corridas. Parece simples. Não é. Mas é o que preciso fazer."

Em Spa, ele foi 18º colocado enquanto Albon, seu companheiro, largou em sexto e chegou em décimo. Em Zandvoort, novamente foi o 18º, uma volta atrás dos líderes _Albon foi 12º.

No Mundial, Latifi é o único piloto zerado entre aqueles que disputaram todos os GPs. E isso faz muita falta. No fim do ano, cada ponto rende cerca de US$ 1 milhão para cada equipe na divisão de receitas da categoria.

Além do canadense, outro piloto começa a sentir cheiro de fritura: Zhou, da Alfa Romeo.

Vasseur, chefe do time, disse na Holanda que "muito em breve" vai tomar uma decisão sobre a permanência do chinês.

Schumacher e Ricciardo estão de olho...