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Fábio Seixas

REPORTAGEM

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Verstappen já começa a desafiar a si mesmo; veja horários da F1 na Itália

Max Verstappen nesta quinta-feira no circuito de Monza, onde tentará a quinta vitória seguida na F1 - Mark Thompson/Getty Images
Max Verstappen nesta quinta-feira no circuito de Monza, onde tentará a quinta vitória seguida na F1 Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Colunista do UOL

08/09/2022 12h27

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Acontece de vez em quando no esporte. Chega um momento em que a superioridade de um atleta é tamanha que ele não combate mais seus adversários. Passa a lutar consigo mesmo.

É o caso de Verstappen neste momento.

Em Zandvoort, ele cravou sua quarta vitória consecutiva, recorde pessoal. Apenas outros 14 pilotos na história chegaram a tanto. Em Monza, neste fim de semana, ele tentará ampliar sua própria marca e chegar a um grupo mais seleto: só oito pilotos venceram cinco GPs seguidos.

Dois contemporâneos estão nesta turma. O recorde é de Vettel: ganhou nove vezes seguidas entre os GPs da Bélgica e do Brasil de 2013. Hamilton tem duas séries de cinco vitórias: em 2014 (entre Itália e EUA) e em 2020 (entre o GPs de Eifel, em Nurburgring, e do Bahrein).

Sim, ainda há um longo caminho para alcançar Vettel. Mas, cada vez mais, o atual Mundial remete àquele de nove anos atrás: um campeão em atividade ao volante de uma Red Bull incrível contra uma Ferrari bagunçada, tropeçando nos próprios erros _Alonso e Massa desempenharam os papeis que hoje cabem a Leclerc e Sainz.

Alguém duvida que Verstappen possa conseguir?

Nesta quinta, o holandês já teve uma boa notícia.

Hamilton, que por alguns momentos chegou a sonhar com a vitória em Zandvoort, vai trocar toda a unidade de potência e, assim, largará do fundo do grid. É uma consequência daquela batida com Alonso na largada de Spa, com 45G de impacto na aterrissagem.

Além do inglês, Bottas também vai cumprir punição por trocas de componentes.

Singapura e Suzuka, que vêm a seguir no calendário, são circuitos em que é mais difícil ultrapassar. Por isso a escolha por pagar punição em Monza.

A quinta-feira em Monza foi dia de reuniões nas equipes, de a Ferrari mostrar a pintura especial para seu GP de casa e de compromissos comerciais. Com uma ausência importante.

Gasly não apareceu no circuito. A AlphaTauri alegou que ele não estava passando bem. Pode ser que sim. Pode ser que não: o francês está no meio do furacão do mercado para 2023.

A Alpine insiste na sua contratação, mas a Red Bull _dona de seu contrato_ já avisou que só o libera caso consiga Herta, hoje na Indy. O problema é que o americano não tem a superlicença para correr na F1. A bola está com a FIA, como expliquei aqui.

Para os torcedores brasileiros, o fim de semana terá significados especiais.

Começando com um sabor de passado: o primeiro título do país na F1 completará 50 anos no sábado. Veio com Emerson e sua Lotus preta e dourada, em 10 de setembro de 1972, no mesmo circuito de Monza.

O segundo tem um olhar para o futuro: também no sábado, Drugovich pode conquistar o título da Fórmula 2. Segundo o site "Grande Prêmio", ele está negociando com a Aston Martin para ser piloto reserva em 2023.

Vamos à programação da 16ª etapa do Mundial, no traço do Pilotoons.

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Programação do GP da Itália
Imagem: Pilotoons