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Fábio Seixas

REPORTAGEM

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Fórmula E vai pintar piso do Anhembi para evitar carros sambando

Safety car da Fórmula E em exposição diante da Prefeitura de São Paulo  - Fabio Seixas/UOL
Safety car da Fórmula E em exposição diante da Prefeitura de São Paulo Imagem: Fabio Seixas/UOL

Colunista do UOL

13/10/2022 15h34

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A Fórmula E vai pintar o piso da passarela do Anhembi para evitar que carros sambem pela pista na primeira corrida na categoria no Brasil, em março do ano que vem.

Já se passaram mais de 12 anos, mas ainda são vivas as lembranças da estreia da Fórmula Indy por lá, em 2010. No primeiro dia de atividades, os pilotos mal conseguiam segurar os carros no piso liso e brilhante da passarela do samba paulistana.

Houve escorregadas, escapadas, rodadas, batidas no muro, suspensões quebradas, sustos a 200 km/h...

A prefeitura precisou fazer uma raspagem emergencial do piso e transferir a classificação para a manhã de domingo. Resolveu, mas ficou longe do ideal. O pó fino ficou pela pista, ainda causando alguns sustos e levantando uma inesquecível nuvem branca na largada.

Nos anos seguintes, o problema foi resolvido com novas raspagens. Mas a tecnologia evoluiu de lá pra cá. Este blogueiro apurou que, para a estreia da Fórmula E, a passarela do samba receberá uma tinta superaderente, a mesma usada nas áreas de escape de Interlagos.

O traçado terá 2,8 km, no sentido anti-horário, o oposto do usado pela Indy. Ou seja, os pilotos largarão no Sambódromo, mas no sentido Marginal Tietê. Farão duas curvas à direita e pegarão a avenida Olavo Fontoura, margeando o aeroporto do Campo de Marte. Haverá uma chicane, mais um trecho de reta e depois eles voltarão para o Anhembi, fechando a volta.

formula32 - Fórmula E - Fórmula E
Mapa do circuito do Anhembi
Imagem: Fórmula E

A expectativa é que os novos carros, a terceira geração da Fórmula E, que estrearão no ano que vem, chegarão a 320 km/h na reta.

Confirmado em junho, quando a categoria divulgou o calendário para 2023, o evento foi lançado oficialmente nesta quinta-feira, numa solenidade na Prefeitura de São Paulo.

"O GEN3 é a mais avançada peça de tecnologia já construída. Cerca de 40% da energia que os carros usarão será produzida na própria corrida", disse Alberto Longo, fundador e chefe de competições da categoria. "Tenho certeza de que o público brasileiro vai se entusiasmar. É um evento familiar, criado para as famílias curtirem, não importa a idade".

Di Grassi e Sette-Câmara também participaram do evento.

Ambos acabaram de trocar de equipes para 2023. O primeiro saiu da Venturi para a Mahindra. O segundo, da Dragon Penske para a NIO 333.

"É um sonho de dez anos. Chegamos a pensar num traçado no Ibirapuera, que não possível implantar, mas estou muito feliz por poder correr em casa", disse Di Grassi. "Nunca tive muita chance de correr no Brasil, então vai se especial", completou Sette-Câmara.

A venda de ingressos já começou. Um lote de 5.000 entradas em setores mais altos de arquibancadas foi colocado à venda no site da Eventim.

Os preços estão muito bons para um evento deste porte: começam em R$ 230, na categoria "ingresso solidário", e dão acesso também a toda a área de convivência do circuito, com lanchonetes, lojas, estandes de patrocinadores e um palco para shows.