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Vaga na Mercedes é presente para Schumacher; veja lista de inscritos na F1
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"Encaro como um novo começo". A frase é de Mick Schumacher, no comunicado da Mercedes que anunciou sua contratação como piloto reserva para 2023.
Ele quis deixar isso claro: um novo começo, uma pausa necessária, não o fim da linha. Nenhum piloto de 23 anos aspira passar seus dias no simulador e de braços cruzados nos boxes, dando sorrisos amarelos para as câmeras de TV.
Mick quer voltar a disputar corridas na Fórmula 1, claro. E se deu bem: hoje, não há melhor lugar para ocupar essa função do que a Mercedes.
É uma vaga que vale por quatro.
Ao assinar com a Mercedes, ele automaticamente passa a ser opção para as outras equipes que usam os motores alemães: Williams, Aston Martin e McLaren.
De Vries que o diga. Em 2022, o holandês usou todos esses macacões. Foi escalado para treinos livres pelas três primeiras e ficou de prontidão em Interlagos para correr pela última, caso Norris não se recuperasse de uma intoxicação alimentar.
Água mole em pedra dura... Chamado para correr na Williams em Monza, substituindo Albon, que sofria com uma apendicite, o holandês fez uma corridaça e marcou dois pontos. Três semanas depois era anunciado pela AlphaTauri como titular para esta temporada.
É este o presente que Mick recebeu de Wolff. Um presentaço. E, claro, o sobrenome pesou.
Mick não é um incompetente, longe disso. Foi campeão da F3 europeia em 2018 e da F2 em 2020. Na Haas, fez um ano de estreia mediano e uma segunda temporada desastrosa.
Mas já vimos histórias parecidas com outros desdobramentos. Se seu sobrenome fosse Schmidt, Schneider ou Peçanha, teria voltado para o pool-de-jovens-pilotos-em-busca-de-uma-segunda-chance-na-F1. Aconteceu com Albon recentemente. Aconteceu com o próprio De Vries, que venceu a F2 em 2019 e só foi encontrar uma vaga na Fórmula E.
Mick pegou um atalho. Em Abu Dhabi, Wolff já havia sinalizado que o garoto não ficaria a pé. "A família Schumacher está intimamente ligada à Mercedes", disse. O comunicado de hoje até tentou disfarçar: só citou o heptacampeão após louvar o novato: "Mick impressiona pela maturidade, conhecimento técnico e ética profissional, qualidades altamente desejadas num piloto. Ele agora se junta à equipe em que seu pai correu entre 2010 e 2012".
A notícia não é boa para Drugovich, que no mês passado já tinha visto a Aston Martin buscar Vandoorne para a vaga de piloto reserva. Caso surja uma emergência e o belga tiver compromisso com a Fórmula E, quem vocês acham que a equipe escalará para correr?
A quinta-feira também teve novidades pelos lados da FIA.
A entidade publicou a lista de inscritos para a próxima temporada: equipes, chassis, motores, pilotos e os números escolhidos por cada um.
Os estreantes: Sargeant vai de 02, De Vries de 21 e Piastri correrá com o 81.
Entre os motores, uma novidade (ou não): a Honda voltou a aparecer como fornecedora de Red Bull e AlphaTauri. Oficialmente, o nome dos motores agora é "Honda RBPT". Na última temporada, era apenas "Red Bull Powertrains".
Vai entender os japoneses...
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