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Fórmula E chega ao Brasil para acelerar o futuro e entreter as famílias
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Muita gente ainda não se deu conta. Há quem ache que por gostar de A precisa desmerecer B. Ou talvez seja só resistência boba mesmo, aquela teimosia inútil contra o progresso.
Fato é que o automobilismo do país viverá dias históricos nesta semana. Na sexta e no sábado, a Fórmula E vai acelerar no Brasil pela primeira vez.
Trata-se da principal categoria elétrica do planeta, um dos únicos sete Mundiais do esporte a motor com chancela FIA. Um campeonato que envolve marcas como Porsche, Maserati, Jaguar, Nissan, McLaren... Que está na vanguarda da tecnologia, cumprindo a missão de desenvolver componentes para os carros de rua. E que, principalmente, promove corridas muitas boas.
E que, não, não pretende rivalizar com a Fórmula 1, mas sim complementá-la.
Categorias com motor a combustão continuarão existindo por muito tempo. Assim como carros movidos a gasolina, GNV, etanol, híbridos e elétricos seguirão convivendo nas ruas das grandes cidades.
Mas, cada vez mais, uma tecnologia vai ajudar a outra.
Hoje, cerca de 25% da potência dos carros da F1 é elétrica, por meio da recuperação de energia cinética. É essa a função do tal MGU-K. A partir de 2026, essa contribuição vai se aproximar dos 50%. E foi isso que seduziu marcas como Ford e Audi a investir no esporte.
A Fórmula E, 100% elétrica desde sua primeira temporada, em 2014, tem papel fundamental nesse desenvolvimento. É um laboratório a céu aberto e em alta velocidade para novas baterias, novos materiais e novos sistemas de regeneração de energia.
O GEN3, carro que estreou nesta temporada, é uma joia de engenharia. O modelo tem dois motores, sendo que o dianteiro é responsável por recuperar energia dos freios. O resultado: 40% da energia usada pelos carros numa corrida é produzida na própria corrida.
E tem a cereja do bolo: os atuais Fórmula E são 15% mais velozes que a geração anterior. Podem chegar a 320 km/h. É muito coisa. Nos cockpits, pilotos de elite como Wehrlein, Da Costa, Buemi, Vergne, Vandoorne e os brasileiros Di Grassi e Sette-Câmara.
E é isso que o público que for à corrida de São Paulo, no sábado, poderá ver.
A movimentação já começou pela cidade: carros expostos em vias importantes, pilotos circulando e concedendo entrevistas, eventos com patrocinadores aqui e ali, trabalho em ritmo alucinante no Anhembi, expectativa de 290 km/h na reta da avenida Olavo Fontoura.
Montado no complexo do Anhembi, na zona norte de São Paulo, o traçado da Fórmula E tem 2.960 m, duas longas retas e 14 curvas. Não entrará pela Marginal do Tietê, diferentemente do circuito usado pela Indy entre 2010 e 2013. Largada e chegada serão na área do Sambódromo.
A ideia dos promotores é fazer um evento para a família. Na área de convivência à qual todo o público terá acesso haverá pista de kart elétrico, arena de alimentação, palco para shows, estandes de educação ambiental...
O treino livre de sexta-feira será fechado. No sábado, os portões serão abertos às 7h. O segundo treino livre será às 7h30, seguido pela classificação em sistema mata-mata às 9h40. A largada do ePrix de São Paulo será às 14h. Ainda há ingressos à venda no site da Eventim.
"Ah, mas não faz barulho", dizem os cricris, como se por gostar dos velhos roncos dos V8 fosse impossível apreciar a tecnologia da Fórmula E.
A resposta é clara como a realidade: "Meu filho, um dia você vai ter um carro elétrico na garagem. Aceita que dói menos".
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