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Equipes da F1 preparam estoque de peças para 1ª corrida sprint na rua
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Na dúvida, é melhor se preparar para o pior. É o que as equipes de F1 têm feito nesses semanas de intervalo entre os GPs da Austrália e do Azerbaijão.
Diante da indefinição sobre o formato do fim de semana de Baku, as fábricas trabalham para aumentar o estoque de peças que os times levarão para a próxima etapa do campeonato.
Já havia uma preocupação no ar desde dezembro, quando o Azerbaijão foi anunciado como uma das seis etapas com sprint races nesta temporada. Será a primeira vez que um circuito de rua, com tantos muros ao redor, receberá uma corrida de classificação.
Esse sentimento só aumentou nos últimos dias com a proposta de mudança apresentada pela Liberty Media em Melbourne.
Em resumo, a ideia é criar um evento independente no fim de semana, um mini-GP no sábado. (O termo "corrida de classificação", aliás, já não será mais apropriado...)
Pelo plano apresentado por Domenicali aos chefes de equipe, a sexta-feira terá um treino livre e uma sessão de classificação normal para o GP de domingo _dividida em três blocos, Q1, Q2 e Q3. O sábado será todo dedicado à sprint race: classificação e corrida, ambos em formatos compactos. Nada do que acontecer no sábado terá impacto no grid de domingo.
Em tese.
O receio dos chefes de equipe é com acidentes. Como o resultado da corrida de sábado não terá efeito no domingo, os pilotos estarão mais livres para arriscar _este é o ponto central da proposta da Liberty, sempre de olho no espetáculo. A questão é o local onde a mudança será implementada. Sair da pista num autódromo cheio de áreas de escape e caixas de brita é uma coisa. Num circuito de rua, é algo completamente diferente.
A proposta depende de duas situações para ser implementada já em Baku.
A primeira é burocrática. A mudança precisa de 28 dos 30 votos da Comissão de F1, que reúne equipes, membros da FIA e da Liberty Media. Depois, ainda é necessário o aval do Conselho Mundial da federação. É improvável que tudo isso aconteça nas próximas semanas.
A segunda é de ordem prática. A novidade exigiria mais pneus para o fim de semana, e a Pirelli não teria como produzi-los tão em cima da hora.
Assim, o novo formato só deve estrear na Áustria, em julho.
"Essa pausa no calendário não estava programada, mas vamos usá-la para produzir e estocar partes do carro. Fazer a sprint race em Baku vai ser perigoso. É uma pista de rua, com os muros sempre muito próximos", disse Szafnauer, chefe da Alpine.
Independentemente da aprovação do novo formato, Horner bateu pesado na ideia de uma sprint race "convencional" em Baku. "É absolutamente ridículo fazer a primeira sprint do ano num circuito de rua. Do ponto de vista do teto orçamentário, você pode destruir seu carro e isso custa muito dinheiro. Uma corrida é suficiente por lá", declarou.
Wolff também não aliviou. Para ele, a Liberty precisa ter mais cuidado, precisa ser mais cirúrgica, na hora de sugerir mudanças no campeonato.
"Todos compartilhamos dos mesmos objetivos, que são desenvolver o esporte e atingir novas audiências. Mas precisamos chegar a um denominador comum. Estou do lado mais conservador. Eu gosto da classificação, eu gosto do Grande Prêmio. Temos que tentar mudar as coisas usando uma faca afiada, não um taco de beisebol", declarou.
A alusão ao mais americano dos esportes não deve ter sido por acaso...
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