Fábio Seixas

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ReportagemEsporte

Clima inglês ajuda pilotos, e mudança nos pneus da F1 deve ficar para 2025

Hamilton, Verstappen, Russell e cia ganharam uma ajuda dos céus no debate sobre a extinção dos cobertores térmicos dos pneus a partir da próxima temporada.

O tempo instável em Silverstone nesta semana prejudicou a coleta de dados por parte da Pirelli. Não houve pista seca por muito tempo. As baixas temperaturas do asfalto também não ajudaram a avaliar os compostos preparados pela fabricante italiana.

Nos próximos dias, seus engenheiros vão organizar todas as informações dos testes e enviá-las para análise das equipes. O problema, agora, é o prazo.

Uma decisão precisa ser tomada até o dia 31 pela Comissão de F1, que reúne FIA, Liberty Media e as dez equipes do grid. A pressão dos pilotos e as dificuldades para testar os compostos nesta semana indicam que os times podem preferir adiar a mudança para 2025.

"O tempo muito instável, principalmente na terça-feira, tornou o trabalho mais complicado do que esperávamos. As condições do asfalto não eram constantes como gostaríamos", disse Isola, o comandante da Pirelli na F1. "De qualquer forma, aproveitamos a situação para testar o comportamento dos novos pneus intermediários", completou o italiano.

Seis pilotos e três equipes estiveram em ação em Silverstone.

O melhor tempo foi de Ricciardo, que percorreu 110 voltas com o carro da Red Bull na terça e cravou 1min27s415 —essa marca lhe daria o oitavo lugar no grid definido no último sábado.

Alex Albon nos boxes da Williams durante os testes de pneus em Silverstone
Alex Albon nos boxes da Williams durante os testes de pneus em Silverstone Imagem: Williams

Hulkenberg, com a Haas, foi o segundo, com 1min30s276. Depois vieram Magnussen, seu companheiro de equipes, Sargeant e Albon, dupla da Williams, e Pietro, reserva da Haas.

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O fim dos cobertores técnicos faz parte do pacote da FIA para tornar a F1 mais sustentável. Desde Mônaco, em maio, os pneus de chuva não são mais aquecidos previamente. E, a partir do ano que vem, os intermediários também não serão.

Falta uma solução para os pneus slick.

Desde 2019, a Pirelli está testando misturas de borracha que aquecem mais rápido. Enquanto isso, o limite de temperatura dos cobertores foi reduzido de 100°C para 70°C nesta temporada.

Os equipamentos que aquecem os pneus são caros e consomem muita energia elétrica, muitas vezes exigindo instalações especiais nos autódromos. Há, ainda, a intenção da FIA de transferir a tarefa de aquecer os pneus para os pilotos, aumentando o imponderável, criando mais um elemento de emoção nos GPs.

Por ora, esses argumentos não comovem os pilotos, que consideram a mudança perigosa. Verstappen, Hamilton e Russell puxam a fila de críticos. Para eles, os carros vão demorar a voltar ao ritmo de corrida após um pit stop, o que aumentará o risco de acidentes na pista.

Independentemente da decisão do dia 31, a Pirelli já agendou outras sessões de testes com os novos compostos ainda nesta temporada: em Spa-Francorchamps e Monza, após os GPs da Bélgica e da Itália, e nos treinos livres das etapas do México e do Japão.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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