Fábio Seixas

Fábio Seixas

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
OpiniãoEsporte

Na parceria Ricciardo e Tsunoda, só vai restar um

Companheiros de equipe, mas cada um por si, na busca por sobrevivência.

A partir do fim de semana, na Hungria, a F1 assistirá a um roteiro que de tempos em tempos se repete, por diferentes circunstâncias.

Desta vez, o cenário será a AlphaTauri. Os protagonistas, Ricciardo e Tsunoda. A circunstância especial, uma enorme pressão por resultados. Aquele que terminar o campeonato na frente provavelmente vai enterrar a carreira do companheiro na categoria. Será tudo ou nada.

Na F1 desde 2021, o japonês ainda busca se afirmar. O apoio da Honda foi fundamental nos dois primeiros anos, ele contou com uma tolerância que outros novatos do programa da Red Bull nunca experimentaram, só que os créditos estão acabando...

Já são 52 corridas na F1, mas os resultados não aparecem. Pelo contrário, só pioram. Na temporada de estreia foram 32 pontos. Na segunda, 12. Neste ano, até agora, apenas 2.

Sim, o carro piorou. Mas Tsunoda claramente não conseguiu fazer nada para evitar que isso acontecesse. Não é um líder. Com a saída de Gasly, parece ter ficado perdido na equipe.

Enquanto isso, há uma fila de jovens pilotos da Red Bull à espera de uma chance. O próximo da lista é o neozeolandês Lawson, de 21 anos, que disputa a Super Fórmula, no Japão.

Levar uma virada de Ricciardo será o fim da linha.

Tsunoda só tem uma saída: bater o companheiro nas 12 etapas que restam no ano.

Continua após a publicidade
Yuki Tsunoda conversa com engenheiros da AlphaTauri no fim de semana de Silverstone
Yuki Tsunoda conversa com engenheiros da AlphaTauri no fim de semana de Silverstone Imagem: Peter Fox/Getty Images

Já o australiano entrou num jogo arriscado.

Seu sonho é retornar para a Red Bull, por onde correu de 2014 a 2018. "Nossos pilotos serão Max e Checo no ano que vem. Mas Daniel obviamente vê a AlphaTauri como uma forma de se candidatar a uma vaga para 2025", disse Horner, ao podcast "F1 Nation" desta semana.

(Só em 2025? Será que a Red Bull manterá Pérez caso ele continue tão mal como nos últimos GPs, sem conseguir nem ao menos avançar para o Q3?)

A partir de sexta-feira, trajando macacão branco e na turma do fundão, Ricciardo começará a luta para provar que ainda é competitivo, que ainda merece uma chance num time de ponta.

Precisa, antes de tudo, apagar a péssima impressão da sua última temporada. Em 2022, na McLaren, foram apenas 37 pontos e a 11ª colocação no Mundial de Pilotos. Seu companheiro, Norris, marcou 122 pontos e terminou o ano em sétimo lugar.

Continua após a publicidade

O australiano sabe que este cenário não pode se repetir agora. Terminar o campeonato atrás de Tsunoda será o fim da linha.

Ricciardo só tem uma saída: bater o companheiro nas 12 etapas que restam no ano.

Tudo indica que só restará um.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

Deixe seu comentário

Só para assinantes