Red Bull muda carro e pode igualar recorde; veja horários da F1 na Hungria
Quando se trata de Adrian Newey, nada é tão bom que não possa melhorar.
A Red Bull finaliza nesta quinta-feira a montagem dos boxes em Budapeste com uma novidade bem guardada: uma atualização completa do seu pacote aerodinâmico preparada nos últimos meses, sem a pressa da urgência, pelo engenheiro inglês.
Líder disparada do Mundial de Construtores e com Verstappen e Pérez nas primeiras posições do campeonato de Pilotos, a equipe quer mais: aumentar sua já gigantesca vantagem para a concorrência e afastar qualquer ameaça na fase final da temporada.
"Humilhar" talvez também seja um bom termo.
Segundo Verstappen, quase todas as áreas do RB19 receberão modificações.
As primeiras imagens que chegam de Budapeste, como a foto que ilustra o alto desta coluna, mostram entradas de ar laterais muito mais estreitas em relação ao modelo usado até Silverstone.
"Arrasto, baixas, médias e altas velocidades, asa móvel, desgaste de pneus... Estamos trabalhando em tudo isso. Não estou brincando", afirmou o bicampeão mundial.
A "Auto, Motor und Sport", da Alemanha, estima que as mudanças deixarão o carro ainda 0s2 mais veloz. Se acontecer, será o tiro de misericórdia em qualquer esperança de brilhareco de Mercedes, Ferrari, Aston Martin e McLaren no campeonato.
Será melhor, de uma vez por todas, focar esforços em 2024.
Coincidência ou não, o pacote de mudança vai estrear justamente num fim de semana em que o RB19 pode fazer história. O carro já tem dez vitórias seguidas nesta temporada.
Se vencer em Budapeste, igualará o MP4/4, modelo da McLaren que ganhou 11 GPs consecutivos em 1988 com Senna e Prost ao volante. É um recorde que muita gente julgava inalcançável.
A partir do primeiro treino, na sexta, começaremos a entender o tamanho dessa evolução.
Budapeste trará ainda uma novidade relacionada aos pneus. FIA e Pirelli vão, enfim, fazer um teste que já deveria ter acontecido em Ímola _GP cancelado por causa das chuvas na Itália.
Cada piloto terá direito a apenas 11 jogos de pneus slick em vez dos 13 habituais. Isso permitiu que a Pirelli levasse para a Hungria 160 pneus a menos do que num fim de semana normal.
A justificativa aqui é a sustentabilidade, mas claramente há também uma questão econômica.
Na classificação, os pilotos obrigatoriamente terão que usar pneus duros no Q1, médios no Q2 e macios no Q3, o que pode provocar algumas surpresas no grid. Na corrida, terão de ter um jogo de duros e outro de médios à disposição. Por fim, a Pirelli disponibilizou para as equipes uma gama mais macia do que no ano passado. O pneu macio de 2022 será o médio neste ano.
Tudo isso vai mexer com as estratégias para a corrida.
"Não quero dizer que é arriscado, porque todos poderão fazer mais pit stops. Mas se um piloto for para a corrida com apenas um jogo de duros e outro de médios e o macio se mostrar muito macio, não será a situação ideal", explicou Isola, o chefe da Pirelli.
A programação do GP da Hungria está abaixo, no traço fino do Pilotoons.
Reportagem
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