Verstappen vence na Hungria, e Red Bull iguala marca histórica da McLaren
Onze vitórias seguidas em uma mesma temporada da F1.
Por 35 anos, a marca estabelecida por aquela McLaren mágica de Senna e Prost permaneceu intacta, parecia inatingível, daqueles recordes para a eternidade.
Foi eterno enquanto durou. Neste domingo, a Red Bull também chegou lá.
Verstappen venceu o GP da Hungria, 11ª etapa do Mundial. É sua 44ª vitória na carreira, a sétima consecutiva, a segunda no circuito de Hungaroring.
E é a 11ª vitória seguida da Red Bull no ano, um domínio que a F1 não vivia desde que Senna e Prost ganharam todas as corridas entre o Brasil e a Bélgica em 1988.
Contabilizada a última corrida de 2022, a série chega a 12 vitórias. Isso é inédito na F1.
A Ferrari de Schumacher não conseguiu. A Mercedes de Hamilton também não. A própria Red Bull, com Vettel, não chegou lá. É louvável. É impressionante. Chega a ser assustador.
Norris foi o segundo colocado, sacramentando a ascensão da McLaren, hoje a segunda força do campeonato. Pérez, companheiro de Verstappen na Red Bull, completou o pódio.
"Tive um boa largada e a partir dali consegui fazer uma boa corrida. Estou muito feliz, o carro estava perfeito", disse Verstappen. "Esse série de vitórias é incrível, espero manter isso por um bom tempo."
A corrida aconteceu num típico dia de verão em Budapeste: 29°C no ar, 50°C na pista.
Pole position, Hamilton durou poucos segundos na ponta. Verstappen forçou o ritmo nos primeiros metros e, por dentro, fez a ultrapassagem para assumir a liderança.
As McLarens também largaram muito bem. O destaque foi Piastri, que também passou Hamilton e trouxe Norris consigo. Hamilton caiu para quarto e pediu desculpas pelo rádio.
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Quero receber"Não se preocupe, é uma longa corrida", respondeu Bonnington, seu engenheiro.
Mais atrás, teve confusão... Zhou empacou no grid e, na tentativa de recuperar posições, deu um totó em Ricciardo. O australiano acabou batendo em Ocon, que escalou o carro de Gasly.
Foi péssimo para todos. Os pilotos da Alpine abandonaram, o australiano caiu para 18º e Zhou, que era o quinto no grid, foi parar na 16ª posição _e ainda levou punição de cinco segundos.
O top 10 ao fim da primeira volta tinha Verstappen, Piastri, Norris, Hamilton, Leclerc, Sainz, Alonso, Pérez, Hulkenberg e Stroll.
Louco para enfim conseguir um bom resultado, Pérez passou a pressionar Alonso. Conseguiu ganhar a posição com uma bela manobra na abertura da oitava volta.
Na volta seguinte, começaram os pits stops. Albon inaugurou os trabalhos e logo foi seguido por Stroll, Bottas, Tsunoda, Zhou, Sargeant, Magnussen...
Na 16ª, Sainz foi o primeiro do pelotão da frente a entrar nos boxes.
Sim, mais uma vez, a Ferrari se embananou na estratégia. O espanhol largou com pneus macios, deu uma estilingada na largada, mas estancou atrás de Leclerc e, após passar pelos boxes, voltou justamente para a 11ª posição, justamente onde largou.
Inacreditável.
Na 17ª, Hamilton entrou. Na volta seguinte, Norris. Depois foi a vez de Piastri.
A estratégia beneficiou o inglês da McLaren, que ganhou a posição do companheiro.
Verstappen só entrou na 24ª. Tudo normal: voltou na liderança. Pérez fez seu primeiro pit na volta seguinte e retornou à pista na sétima posição.
O top 10 ao fim da primeira janela de pits tinha Verstappen, Norris, Piastri, Hamilton, Russell, Sainz, Pérez, Leclerc, Stroll e Alonso. A vantagem do líder era de 5s4.
Na metade da corrida, 35ª volta, Verstappen já tinha 10s7. Cinco voltas depois, 15s8.
Na 43ª, Pérez e Piastri abriram a segunda janela de pits entre os pilotos da ponta. Leclerc e Alonso pararam logo depois. Norris e Sainz entraram na 45ª.
Contando com o fantástico trabalho da Red Bull nos boxes, Pérez se deu bem e voltou colado em Piastri. Na 47ª volta atacou o australiano e ganhou a posição, fundamental para o pódio.
Hamilton entrou na 50ª. Verstappen fechou a janela duas voltas depois. Quando retornou à pista, tinha 12s de folga para Norris.
(Daria para ter tomado um cafezinho...)
LAP 52/70
-- Formula 1 (@F1) July 23, 2023
Verstappen pits from the lead, returns in the lead
The Dutchman has a 13-second cushion to second place Norris #HungarianGP #F1 pic.twitter.com/E7aN7qBeGh
Como que para não deixar nenhuma dúvida sobre sua superioridade, Verstappen cravou 1min20s504, melhor volta da corrida, 1s5 mais rápido do que a média da concorrência.
Que dia para a Red Bull...
Entre os coadjuvantes, o destaque no fim da prova foi para Hamilton, que passou Piastri na 58ª volta, assegurando a quarta posição. Russell também foi bem, deixando Sainz para trás a cinco voltas do fim e ganhando o sétimo lugar.
Verstappen recebeu a bandeirada com 33s7 segundos para Norris, um abismo, sua maior vantagem numa linha de chegada nesta temporada. Pérez passou a 3s9 do inglês.
Fechando a zona de pontos, Hamilton, Piastri, Russell, Lecler, Sainz, Alonso e Stroll.
Na Bélgica, daqui a um semana, a Red Bull terá a chance de superar aquela McLaren de 1988.
Alguém duvida de que vai conseguir?
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