Perdida, Ferrari anuncia troca no comando; veja horários do GP da Bélgica
Cada vez mais perdida no campeonato, hoje apenas a quarta força da F1, a Ferrari confirmou nesta quinta-feira uma baixa importante. Anunciou a saída de seu diretor de corridas.
Em uma nota publicada nas redes sociais, com seis frases, a escuderia italiana despediu-se do engenheiro francês Laurent Mekies, que estava em Maranello desde 2018. Ele chegou como diretor esportivo e por todo esse período foi o segundo homem na hierarquia do time, respondendo primeiro a Mattia Binotto e depois a Frédéric Vasseur.
Mekies não irá nem mesmo a Spa-Francorchamps para o GP da Bélgica, 12ª etapa do Mundial, neste fim de semana. "Ele deixa Maranello após quatro temporadas e meia, período em que o time conquistou sete vitórias", diz o comunicado ferrarista.
Sua saída não é nenhuma surpresa. Escrevi sobre isso às vésperas do GP do Azerbaijão, em abril. Ele será o novo chefe da AlphaTauri, substituindo Franz Tost, que vai se aposentar.
Nesses quase quatro meses, porém, muita coisa mudou em Maranello. O que era visto como uma oportunidade de reconstrução agora ganhou ares de emergência. Talvez, por isso, a Ferrari tenha preferido não esperar pelas férias de verão, que começam na segunda-feira.
Seu substituto será um veterano de Maranello, o engenheiro italiano Diego Ioverno. Ele está por lá há 23 anos, já passou por diversos cargos, atuou como engenheiro chefe nas últimas temporadas e há algumas semanas já vinha assumindo as funções de Mekies.
Ele terá muito trabalho. Como escrevi ontem, a Ferrari vive uma draga inaceitável, com erros primários como rádio que não funciona e piloto que não consegue beber água durante um GP. Isso para não falar dos pit stops lentos e das já tradicionais trapalhadas estratégicas...
A mudança marca ainda uma nova fase na Ferrari. Mekies era o último remanescente da antiga gestão no alto escalão da equipe. A partir de agora, será a turma de Vasseur.
Além da escuderia italiana, outra equipe será foco de curiosidade nos próximos dias, em Spa.
A McLaren encara o GP da Bélgica como uma prova de fogo para sua recuperação.
Depois de um início de temporada sofrível, a equipe estreou um pacote de atualizações no GP da Áustria, há quatro semanas, e subitamente mudou de patamar. Foi pódio nos dois GPs seguintes, Inglaterra e Hungria, e tornou-se a segunda força do Mundial. Agora, porém, a previsão é de dificuldades.
"Spa normalmente é classificada como uma pista de alta velocidade. Mas há curvas como a La Source, feita a 80 km/h, a Les Combes, a 100 km/h, e a última chicane, a 90 km/h... Eu tenho alguma hesitação sobre nosso desempenho, porque a tendência é perdermos muito tempo nesses trechos", disse Andrea Stella, chefe do time inglês.
Vale uma ressalva: a McLaren também viajou pessimista para a Hungria. Largou com os dois carros na segunda fila do grid e terminou o GP com Norris na segunda posição.
Ah, sim: é fim de semana de corrida sprint, com a classificação para o grid de domingo sendo definida já na sexta-feira depois de apenas um treino livre.
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