Gabi Giovannoni

Gabi Giovannoni

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
Opinião

Tretas, trocas e demissão: Ano-Novo da NBA já começou agitado

Como todo amante do basquete já sabe, o final de ano e começo do novo é sempre uma caixinha de surpresas. Com a data limite de trocas se aproximando, as franquias começam a aquecer o front office com emails e telefonemas entre si. A moeda de troca? atletas, picks de primeiro e segundo round. Ninguém está salvo.

Vamos começar com o Sacramento Kings e a demissão do técnico Mike Brown. Vale lembrar que Mike venceu o prêmio de técnico do ano em 2023 com o mesmo time e levou o Kings aos playoffs depois de 17 anos. Nada disso adiantou, e a franquia demitiu a pessoa que colocou o Sacramento no mapa da NBA e em uma conferência disputada. Todos lembram da série de playoffs que eles fizeram com o Golden State Warriors, né?

A verdade é que o Sacramento não consegue manter um técnico por mais de 3 anos seguidos. Quando o time começa a ir mal, o técnico é sacado. A situação foi muito pior com Brown porque a franquia deixou que ele treinasse o time no dia, fizesse a preleção e a caminho do aeroporto fosse demitido por telefone.

Sacramento vinha enfrentando algumas dificuldades esse ano, mas em 2 anos é inegável a melhora do time. Todos passam por altos e baixos, e isso faz parte da continuação de um trabalho sério e profissional. A demissão de Brown trouxe muitas críticas e reclamações. Um dos mais vocais foi Michael Malone, atual técnico do Denver Nuggets e ex-técnico do Kings. Malone chamou a atitude da franquia de sem classe e sem culhões. Não posso deixar de concordar com o fato do Sacramento ser uma franquia medíocre e que não se leva a sério.

Será que agora sai a troca do D'Aaron Fox? Vale lembrar que semana passada o seu agente foi visto no ginásio ao lado da esposa do jogador. Rumores de troca começaram a surgir desde então. Fox quer ser campeão da NBA e jogar em um time forte e competitivo. O Sacramento Kings não é mais esse time.

Falando em troca, parece que Rob Pelinka, GM do Lakers, acordou e começou a mexer suas peças. O Lakers conseguiu se livrar de D'Angelo Russell, Maxwell Lewis e três escolhas de segunda rodada por Dorian Finney-Smith e Shake Milton, do Brooklyn Nets.

Russell não conseguiu se encaixar no sistema de jogo do Lakers, um fato chocante pois sempre teve muito tempo de quadra e jogava com dois dos melhores jogadores do mundo. Finney-Smith vem com a função de ser um ala mais efetivo para a franquia. LeBron precisa de descanso, o time ainda é dele, e AD precisa entender que ele é o próximo dono. Russell estava atrapalhando.

O Lakers tem a fama de fazer excelentes trocas no meio da temporada e renovar o time. Pelinka é muito bom em entender quais peças faltam e como melhorar o sistema de jogo atual. Vamos ficar de olho.

A NBA andou passando por uma crise de identidade, e críticos, técnicos e jogadores relacionam o fato à falta de contato e às muitas faltas aplicadas. Posso concordar em partes e até entender os motivos, mas não acho que permitir que jogadores se soquem em quadra melhore a audiência da liga.

Continua após a publicidade

Fato é que nos últimos dias a NBA assistiu a péssimos exemplos em quadra. Miami Heat e Houston Rockets expulsaram 7 pessoas durante a briga entre Tyler Herro e Amen Thompson. Em outro jogo entre Phoenix Suns e Dallas Mavericks, Nurkic, Naji Marshall e P.J. Washington também foram ejetados. Continuo ainda não acreditando que essas brigas são a solução. A NBA vive de rivalidades e não de brigas aleatórias.

Até fevereiro, quando acabar a janela de trocas, vamos ter muitas emoções ainda. Não vejo a hora!

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.