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Ex-Fox Sports acionam Disney na Justiça do Trabalho após contratos acabarem
A Disney começou a receber, no início do mês, uma série de processos trabalhistas de profissionais que trabalharam no Fox Sports até o fim do ano passado e não tiveram seus contratos renovados. A coluna apurou que pelo menos quatro jornalistas acionaram a Justiça do Trabalho: Flávio Gomes, José Ilan, Juliano Lima e Paulo Lima. Ricardo Lay, hoje repórter da Globo, deve engrossar a lista nos próximos dias.
Ilan, Paulo, Juliano e Gomes entraram com ações diferentes, representados por Leonardo Quintella, um dos mais respeitados advogados trabalhistas do Rio de Janeiro. A coluna apurou que, frequentemente, Juliano Lima vai como testemunha em audiências na Justiça contra o Fox Sports. Os processos versam sobre temas similares, pedem o pagamento de verbas trabalhistas e indenização por danos morais pela forma que foram desligados da empresa.
O caso de José Ilan será julgado na 58ª Vara do Trabalho de Rio de Janeiro. Já o de Flávio Gomes tramita na 52ª Vara do Trabalho de Rio de Janeiro. Por fim, a ação de Paulo Lima será apreciada na 10ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região. J
Ricardo Lay, recentemente contratado como repórter esportivo da Globo, deve acionar nos próximos dia a Justiça do Trabalho no Rio Grande do Sul. Serão duas ações nesse estado, que terão representação dos advogados Carlos Alberto Silva Neto e Diogo Brasil. Todos os casos estão sem previsão de conclusão.
Os processos já eram esperados desde o fim do ano passado. Muitos profissionais que deixaram o Fox Sports se incomodaram com a postura da Disney na fusão com a ESPN, aprovada em maio de 2020 pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Alguns, como Marco de Vargas e Eder Reis, tinham acordos assinados até 2022. A empresa, por sua vez, alega que a redução de pessoal era permitida pelo órgão governamental.
A coluna procurou os profissionais envolvidos nestes processos e seus respectivos advogados, e Flávio Gomes, José Ilan e Paulo Lima preferiram não comentar o assunto. O advogado Leonardo Quintella alegou, por meio de sua secretária, que só poderia falar sobre o assunto com a reportagem em abril em virtude da pandemia do coronavírus.
Carlos Alberto Silva Neto e Diogo Brasil, advogados de Ricardo Lay, confirmaram a intenção processual e ficaram de enviar uma posição sobre a reportagem caso fossem autorizados, mas não o fizeram até a publicação. Ricardo Lay também foi procurado pela coluna diretamente, mas não respondeu aos contatos.
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