Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Galvão Bueno volta inspirado e entrega ótimo entretenimento na Supercopa
É inegável: para quem ama futebol, para quem adora televisão e para quem está sedento por boas notícias no meio do Brasil 2021, onde a pandemia do covid-19 mata mais de 3 mil por dia, o retorno de Galvão Bueno na Supercopa do Brasil entre Flamengo x Palmeiras neste domingo (11) é um alento. 14 meses depois, o principal nome da TV esportiva brasileira voltou com todas as suas qualidades - e defeitos.
A melhor notícia é que Galvão Bueno retornou emocionado, empolgado e se divertindo com o jogo que fez. Ajudou, claro, a ótima qualidade que os dois times entregaram. Afinal, "vendedor de emoções" que é, como ele mesmo se define, não teria como fazer milagres com uma partida que fosse lamentável.
O lado emocional foi principalmente pela propaganda a favor da vacina que Galvão Bueno fez. "Vacina sim, ciência sim, viva a vida!", disse ele. Por muita gente ainda duvidar do que a vacina consegue e por Galvão falar para um público muito além do futebol, é importante que ele mostre: a vida voltará ao normal se houver como vacinar todo mundo.
A empolgação se mostrou nos gols. Galvão narrou ao seu estilo dos últimos anos, mais cadenciado e sem a grande potência de seu auge, mas com animação. Claro, não podemos esquecer seus bordões. Foi "haja coração para lá", "prepare o seu coração" para cá... Diversão, de fato, ele entregou.
A diversão aconteceu quando o narrador simplesmente deu um esporro em quem xingava loucamente o árbitro Leandro Vuaden por não marcar um terceiro gol do Flamengo. "Calma aí! Olha a boca, rapaz!", disse Galvão, para a risada do telespectador.
Mas não foi, claro, uma transmissão perfeita. Galvão Bueno errou muitos nomes, principalmente de jogadores do Palmeiras. Chamou Marcos Rocha de "Marcos Rosca", por exemplo. A galera na internet se divertiu, mas isso atrapalha para quem está em casa.
Mostra um pouco porque Galvão tem narrado jogos decisivos e pontuais. É o ritmo que ele consegue hoje. Um jogo a cada semana, para o estilo que Galvão Bueno entrega hoje, é de fato um pouco demais.
O fato acima, porém, não diminui o retorno muito bom que Galvão Bueno teve neste domingo. Após 14 meses, o narrador mostrou que é mais que o nome titular da maior emissora do Brasil. É, de fato, um showman. E inspirado, não tem para ninguém.
Seja bem-vindo de volta, Galvão Bueno!
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