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OPINIÃO

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#RobsDay: torcida brasileira fez e fará diferença em momento ímpar

Robo, jogador da LOUD - Colin Young-Wolff/Riot Games
Robo, jogador da LOUD Imagem: Colin Young-Wolff/Riot Games

Colunista do UOL

07/10/2022 04h00

Quem você acha que seria capaz de unir em uma campanha nas redes sociais as marcas Netflix e Havaianas, o Padre Fábio de Melo, o influenciador Luva de Pedreiro e muitas outras celebridades mais, por uma causa em comum? A resposta é evidente (ok, nem tanto, mas vou explicar o porquê): o esporte eletrônico brasileiro. A participação da LOUD no Mundial de League of Legends mostrou, mais uma vez, a força que o Brasil tem no setor e na capacidade de engajamento.

Antes de mais nada: se você não está acompanhando o Worlds 2022, a LOUD, única representante nacional no torneio, infelizmente não passou da Fase de Entrada. Acabou eliminada pela japonesa DetonatioN FocusMe. Porém, há muito o que se refletir sobre a campanha. E sem qualquer romantização de derrota. Ficam não só aprendizados, mas significados e reflexões.

No dia de sua estreia, com a #RobsDay, a LOUD chegou ao topo dos trending topics mundiais por algumas horas, e também dominou os assuntos no Brasil, com milhares e milhares de postagens em alusão ao jogador da rota do topo - veterano no cenário competitivo brasileiro, tetracampeão do CBLOL e em sua segunda participação em Worlds - e também à equipe como um todo.

Obviamente, a força da LOUD nas redes sociais ajuda, mas o mérito é todo do público brasileiro, que se juntou para apoiar a representante nacional. O sentimento que fica após a eliminação é de saldo positivo em meio à frustração, já que essa foi a melhor campanha de uma equipe do CBLOL desde a criação da Fase de Entrada (Play In) em 2017. Mais um alento para a próxima temporada.

Considerando o panorama atual, o ano que vem será o primeiro no qual a Riot terá absolutamente todos os jogos do campeonato ao vivo, em seu estúdio, com a presença de público - visto que a Primeira Etapa de 2022 foi prejudicada pela pandemia do coronavírus. Já batemos nessa tecla aqui: o CBLOL já criou lastro e identidade para não depender do desempenho internacional, mas é sempre bom continuar furando bolhas e quebrando barreiras.

Não é à toa que tanto as equipes quanto a liga chinesa (LPL), a mais popular do planeta, buscam interação em redes sociais e uma relação próxima com o Brasil no League of Legends, ainda que suas relevâncias internacionais, em performance, sejam antagônicas. A recente parceria entre as ligas é estratégica. A energia do público brasileiro é reconhecida mundialmente no esporte eletrônico, bem como sua fidelização.

Estamos às vésperas da IEM Rio, o Major de Counter-Strike: Global Offensive, no Rio de Janeiro. Teremos, no início do ano que vem, o maior evento da história do VALORANT em São Paulo. Sobram motivos para acreditarmos em uma consolidação ainda maior do mercado nos próximos meses e de uma ampliação dos Esports como um todo no Brasil em 2022. E a torcida, tenha certeza, é parte fundamental disso.