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OPINIÃO

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Honor of Kings tem "batismo" de respeito e mostra armas no Brasil

Casters do Honor of Kings - Divulgação/Tencenet
Casters do Honor of Kings Imagem: Divulgação/Tencenet

Colunista do UOL

12/10/2022 04h00

100 milhões de pessoas. Essa é a quantidade de jogadores diários que tem o Honor of Kings, o MOBA mobile mais jogado do planeta. Lançado na China há sete anos, e dono de um sucesso impressionante no país asiático, que o impulsionou para outros lugares do mundo, o game, recém-chegado ao Brasil com a tarimba da Tencent, já deu o cartão de visitas com uma entrada significativa no cenário competitivo e uma mensagem à concorrência.

Com B4, Black Dragons, Corinthians, INTZ, FLUXO, Netshoes Miners, Red Canids Kalunga e Vivo Keyd já em sua qualificatória de "nascimento" em terras nacionais, o Honor of Kings colocou em jogo no Brasil cerca de R$ 340 mil em premiações e uma vaga no Mundial - que terá nada menos que US$ 10 milhões em jogo. Credencial atrás de credencial. Vem para dominar o mercado no setor?

Os dispositivos móveis representam uma porta de entrada acessível para o mundo dos games e dos esportes eletrônicos. Obviamente, não é preciso ser gamer para ter um celular. Portanto, os jogos expandem, nesse ambiente, seu cargo de entretenimento para um público mais amplo. E reacendem o questionamento sobre quem será o líder do mercado mobile.

O que vimos recentemente: um desafio enorme para o Free Fire para seguir com a força de outros tempos e, no caso do Wild Rift, a prova de que não basta o poder da publisher (neste caso, a Riot) para fazer com que um cenário "exploda" em pouco tempo. As comunidades têm suas peculiaridades. O "LoL mobile" precisará de mais do que o nome do seu primo dos computadores para triunfar.

Nesse sentido, o investimento em cima do Honor of Kings pode fazer todo sentido para jogadores e organizações. Para um profissional de outros MOBA mobile, como o próprio Wild Rift, Arena of Valor ou Pokémon Unite, entre outros, não é um grande sacrifício mudar de game. As mecânicas, habilidades e personagens têm suas diferenças, é claro, mas se associam em diversos fatores.

Por isso, é tão importante que, nesse primeiro momento, o game e o cenário se cerquem de nomes que ajudem em sua legitimação e unam forças em diversos vértices para solidificar o próprio alicerce em menos tempo que outros concorrentes. Dos fatores técnicos do jogo à transmissão, ouvir o feedback da comunidade desde o início é o segredo para seguir um caminho de ascensão.

O principal desafio de qualquer game é saber que, ao mesmo tempo em que dá resposta a curto prazo, também é necessário pensar como ser um sucesso ao longo dos anos. Isso é para poucos. Honor of Kings chega muitos passos à frente por tudo o que já construir fora do país. Tem uma retaguarda forte como poucos. Agora, é estudar o cenário nacional e cravar mais um palco de respeito.