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OPINIÃO

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Fortnite volta ao competitivo presencial em grande estilo

FNCS Invitational nos Estados Unidos - Divulgação/Fortnite
FNCS Invitational nos Estados Unidos Imagem: Divulgação/Fortnite

Colunista do UOL

16/11/2022 04h00

Fortnite se tornou, ao longo dos últimos anos, excelência no que diz respeito ao equilíbrio entre games e cultura pop. O jogo inseriu, como nenhum outro, referências de entretenimento como parte do seu próprio universo em um nível inimaginável - navegando mares da envergadura de Star Wars e Marvel, por exemplo, e chamando a atenção para os jogos eletrônicos da forma que eles merecem: como titãs que batem de frente com a indústria do cinema e da música.

Na última semana, o competitivo do Battle Royale da Epic Games teve a oportunidade de voltar ao presencial após três anos. Em 2019, a Copa do Mundo do game distribuiu mais de US$ 30 milhões, em um evento de tirar o fôlego em Nova York. Novamente nos Estados Unidos, mas agora em Raleigh, na Carolina do Norte, o FNCS Invitational foi o novo passo do Fortnite no cenário competitivo.

A disputa entre publishers no que diz respeito aos eventos é sempre algo empolgante de ser observado e analisado. A pouco mais de uma semana, tivemos a grande final do Worlds, o Mundial de LoL, lotando o ginásio do Golden State Warriors, da NBA. Para os fãs de esporte eletrônico, nada surpreendente. Para o público em geral, ainda não totalmente impactado por este mercado, é sempre um choque.

E, se no lado do League of Legends o troféu que os sul-coreanos da DRX levaram para casa foi produzido pela Tiffany & Co., na FNCS quem abrilhantou (literalmente) as mãos dos campeões foi a Swarowski. E pensar que, na atual conjuntura, ainda há quem não entenda por que é tão importante que as marcas em geral, independentemente do nicho, olhem com a devida atenção para os Esports.

Fortnite não é um jogo fácil de se assistir no seu mais alto nível, assim como qualquer outro Battle Royale. Demanda muita atenção para acompanhar a velocidade de raciocínio dos profissionais. Porém, ao mesmo tempo, estamos falando de um game convidativo para o player casual - e de uma publisher que se mostra disposta a ouvir feedbacks da comunidade.

Aliás, vale ressaltar também a presença de representantes brasileiros entre os melhores do FNCS Invitational. O nosso país conta não só com jogadores, mas também influenciadores, de altíssimo nível no Fortnite. A relação entre esses grandes símbolos e os responsáveis pelo jogo é próxima, o que faz com que as opiniões e apontamentos do público sejam sempre colocados em pauta e levados em consideração.

É bom ver um game tão representativo como o Fortnite voltar a trilhar o caminho dos grandes eventos de esporte eletrônico e atrair os fãs para assistir ao vivo. A pandemia do coronavírus sem dúvida atrasou o progresso e frustrou alguns planos de diversas empresas e publishers, mas a tendência é que, no ano que vem, em melhores condições, vejamos uma retomada das grandes para tirar esse atraso. Sorte dos fãs.