Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Copa de 2022 já é a que mais acolhe e incorpora tradições gamers
Chegamos àquele momento épico para quem é fã de esporte, que acontece de quatro em quatro anos. A Copa do Mundo é a chance de juntar pessoas dos mais níveis de interesse por futebol em um mesmo local, em uma mesma situação, em pé de igualdade. A edição de 2022 já é, sem dúvida, a que mais empolga e se retroalimenta no que diz respeito ao espaço digital. Um fã de games e Esports sem dúvida se sente mais "acolhido" do que nunca com o torneio.
Comecemos falando sobre o modo dedicado à Copa do Mundo no FIFA 23. Já havíamos falado aqui no GGWP sobre o nível de realismo do game, mas a imersão proporcionada pela DLC dedicada ao principal torneio de futebol do planeta representa um deleite para quem gosta de futebol - e, sem dúvida, uma opção extremamente interessante para aquelas horas que separam os jogos uns dos outros, e tanto nos causam ansiedade.
Escolher uma ou mais seleções e viver todo o ambiente do Qatar - com riqueza de detalhes, das arquibancadas aos vestiários, passando pela narração, entradas pomposas das seleções, um clima inigualável... Por si só, não é necessário ser fã da franquia FIFA ou de jogos de futebol, especificamente, para ter ali um entretenimento e tanto. Aliás, entreter o fã de games é uma missão que essa Copa do Mundo cumpre com êxito.
As transmissões de Casimiro, um dos maiores streamers do Brasil e do mundo, sem as imagens, já seriam um atrativo gigantesco para aqueles que estão acostumados à Twitch como casa esportiva. O fato do profissional ter conseguido os direitos de transmitir um jogo por dia - e todos do Brasil - só aumenta a revolução e faz com que essa Copa atinja públicos que talvez nunca atingiria nesse nível de profundidade.
A televisão, como um todo, precisou se reinventar em diversas frentes após o fenômeno de massa criado pelos streamers. É óbvio que o tradicional continua e sempre continuará tendo espaço - especialmente em um país de dimensões continentais e com uma enorme amplitude socioeconômica como é o Brasil. Porém, é fato: as estratégias digitais como um todo são ditadas por aqueles que brilham nas plataformas gamers.
O que antes era tratado com descaso deixou de ser exceção para virar regra. Afinal, em que mundo, há algumas décadas, acreditariam que uma só pessoa, portando uma câmera de computador, seria capaz de bater de frente com equipamentos e estúdios milionários? Não é mero acaso que a "lógica gamer", que alavancou a cultura de streamers, tenha evoluído até o estágio atual.
Basta ver o número de grandes repórteres que deixam emissoras e viram donos de canais de grande porte no YouTube. Quando ninguém acreditava, a indústria de games acreditou. A forma que sempre se consumiu esporte eletrônico agora também é do esporte em geral. Também de uma competição com 92 anos de idade. Tem que respeitar.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.