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OPINIÃO

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Narrativas agitam CBLOL e empolgam público para 2023

Fluxo no CBLOL - Divulgação/Fluxo
Fluxo no CBLOL Imagem: Divulgação/Fluxo

Colunista do UOL

27/12/2022 16h00

O Campeonato Brasileiro de League of Legends, uma das principais competições de esporte eletrônico no país, já tem data para começar: as emoções se iniciam no dia 21 de janeiro, com aquela que promete ser uma das temporadas mais especiais do CBLOL. Não só pela provável presença da torcida em absolutamente todas as rodadas do torneio (fato impossibilitado pela pandemia do COVID-19 neste ano), mas pelas narrativas que vêm por aí.

As entradas do Fluxo e da Vivo Keyd, nas vagas que antes pertenciam a RENSGA e Netshoes Miners, dão um tempero a mais para o torneio. De um lado, uma organização que solidificou sua história no Free Fire e encontra no League of Legends dois de seus velhos conhecidos: LOUD e Los Grandes. Do outro, toda a tradição da Keyd, campeã do CBLOL em 2014 e não selecionada inicialmente para o sistema de parcerias a longo prazo - também chamado de "franquia".

A contraposição entre times que já são originalmente do game e outros que chegam "de fora" dá um gás interessante ao campeonato. Que o diga a LOUD, selecionada para fazer parte do CBLOL a partir do início de 2021 e já campeã na Segunda Etapa deste ano, em um Ginásio do Ibirapuera lotado. Será interessante ver como o Fluxo pretende implantar seu projeto. Não há dúvidas de que o sucesso da rival estimulará a equipe a "entrar de cabeça" na empreitada.

Equipes que já estão no campeonato há muitos anos e que têm história no League of Legends sabem que só os capítulos passados não bastam para obter sucesso. É preciso se reinventar e entender como o próprio campeonato possui uma curva de aprendizados e evoluções. Rivalidades são fomentadas, grandes personagens se erguem, e quem ganha com isso é o público com um campeonato que não se acomoda.

Há quem enxergue as movimentações entre as vagas na franquia como um atestado de falha da Riot Games - como se a escolha, lá no fim de 2020, fosse pétrea. Porém, isso é um anacronismo. Como qualquer mercado, o de esporte eletrônico também está em constante movimentação. As vagas no campeonato hoje já valem, certamente, muito mais do que os R$ 4 milhões cobrados há dois anos.

O CBLOL começou em 2012. Viveu, ao longo desse tempo, diversos altos e baixos. Viu jogos (e seus respectivos campeonatos) surgirem, gerarem animação e ruírem. Segue, ao longo desse período, batendo de frente como protagonista. Muito em parte, não há dúvidas, graças ao fato de continuar se reinventando e entendendo que, muito mais do que chegar à ponta, o mais difícil é manter-se por lá.

As novidades Fluxo e Vivo Keyd. As maiores campeãs INTZ e KaBuM!. A metódica e bem planejada Liberty. A ascendente e faminta RED Canids Kalunga. A ousada Los Grandes. A estruturada FURIA. A tradicionalíssima paiN Gaming. A cada dia maior LOUD. Narrativa é o que não falta ao CBLOL. Estaremos de olho nesse elenco galáctico.