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Blog do Juca Kfouri

REPORTAGEM

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O dia da abertura da Copa no Qatar

Polícia do Qatar aparece montada em camelos no dia da abertura da Copa do Mundo de 2022. - Juca Kfouri
Polícia do Qatar aparece montada em camelos no dia da abertura da Copa do Mundo de 2022. Imagem: Juca Kfouri

20/11/2022 11h46

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É cedo ainda em Doha.

Talvez por isso não haja ninguém na rua que dê a mais leve sensação de que, às 19h, haverá a estreia da seleção do Qatar na Copa do Mundo de 2022, contra o Equador.

Com direito ao tradicional show de abertura.

A manhã passa e as ruas seguem desertas de torcedores locais.

O ônibus para o estádio faz pequena viagem de cerca de uma hora, atravessa o deserto evidentemente deserto, cruza a cidade de Lusail, erguida para ser alternativa à capital, e só quando chega perto do luxuoso palco da cerimônia inicial da Copa, o lindo Al Bayt, que parece uma tenda, encontra trânsito congestionado.

Carros novos, quase sempre grandes camionetes que são usadas aos finais de semana para acampar com a família no deserto, fazem fila sem quase nenhuma bandeira, nada que lembre os momentos que antecedem um grande jogo.

OK, você dirá: "É claro, não haverá grande jogo".

Ora, é o jogo do time do país sede, sempre histórico.

Diga-se que a organização para a acessar a tribuna esteve exemplar, deu de 6 a 0 na África do Sul e de 3 a 0 no Brasil.

E que o espetáculo artístico deu de 7 a 1 naquele encomendado pela desaparecida Joana Havelange, em Itaquera.

Como não estive na abertura na Rússia, não posso comparar.

A polícia montada qatari nos aguarda em simpática recepção. Montada em camelos, esclareça-se.

A sensação permanente é a de estar num enorme e permanente show room.

Tudo aparentemente impecável, quase esterilizado.

Mas é só o começo.

Vamos ver como continua e, principalmente, como termina.