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A noite mais maluca da Copa no Qatar: o Japão é a Alemanha!
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Só aos 7 minutos e meio um atacante costa-riquenho recebeu bola no meio campo alemão.
E estava em impedimento.
Dois minutos depois Gnabry deu consequência à blitz inicial germânica e abriu o placar de cabeça.
Prenunciava-se um massacre talvez até maior que os espanhóis impuseram sobre os centro-americanos.
No primeiro jogo da história das Copas com três mulheres na arbitragem, aos 17 minutos um atraso mal feito saiu a escanteio por mais de metro e meio e a bandeirinha mexicana não viu?
Um pênalti claro em Rudiger, em seguida, também passou em brancas nuvens pela assopradora francesa.
Más arbitragens são problema secular do futebol, independentemente de gênero.
Persistente, mas ansioso, o time europeu tinha dificuldade para ampliar o placar e Campbell até perdeu boa chance para empatar ao furar cruzamento perigoso da esquerda, no único ataque de sua seleção.
Para quem esperava uma jornada à brasileira 2014, Costa Rica resistia, embora com monotonia tamanha que ainda no primeiro tempo a torcida começou a fazer olas no estádio, sinal recorrente de mau espetáculo.
Aos 42 minutos, uma lambança de Rudiger fez Neuer operar a defesa mais difícil da partida, embora Navas trabalhasse muito mais que ele.
Pois eis que no segundo tempo, enquanto o Japão com dois gols relâmpagos virava sobre a Espanha para 2 a 1, a Costa Rica, aos 58, empatava com Tejeda, em rebote de Neuer.
Morata fizera 1 a 0 no primeiro tempo e Doan Tanaka viraram, aos 3 e aos 5 minutos, com o segundo gol confirmado pelo VAR porque a bola não saiu pela linha de fundo.
Tudo, rigorosamente tudo passava a ser possível, bola na trave de Navas inclusive, em chute cruzado de Musiala.
Alemães em sofrimento e espanhóis perplexos era tudo que se via no Qatar dos camelos, das zebras e dos cangurus.
E, aos 69, numa saída patética de Neuer, Vargas fez 2 a 1 e Alemanha e Espanha estavam fora da Copa.
A Alemanha, contudo, sem o menor espírito de humor, empatou com Havertz, em seguida, porque quem não desiste nunca são os alemães.
Aos 75 só não fez o 3 a 2 porque Navas fez a maior defesa da Copa até agora, mas a virada da virada pintava forte.
Enquanto isso, o tiki-taka espanhol estava mais para caki-caka, porque não abalava o Japão.
Bendita intuição: alguma coisa dizia ao pobre blogueiro que seria melhor ver os dois jogos ao mesmo tempo no centro de imprensa do que escolher um jogo no estádio.
O ar desalentado do treinador espanhol Luiz Henrique era…desalentador.
Havertz, outra vez, aos 85, virou a virada para 3 a 2 e salvou a cara alemã, não a vaga, que ficava com o Japão e com a Espanha, nessa ordem, por incrível que pareça.
Sim, depois de ganhar da Alemanha, o Japão ganhou também da Espanha e se classificou em primeiro lugar, no fim graças ao goleiro Gonda.
Fullkrug ainda fez 4 a 2 em gol que a bandeirinha brasileira quis anular, mas o VAR confirmou.
Senhoras e senhores, a Alemanha, nesta Copa, é o Japão!
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