Feliz Natal às e aos bolsonaristas da mídia

O espírito natalino, dizem, produz milagres, busca nas piores pessoas aquilo que ainda lhes resta de bom para, quem sabe, mudar para melhor.

Daí este voto sincero para que abandonem a ganância e pensem no próximo, sem demagogia, falsidade e mentiras.

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As e os bolsonaristas da mídia sabem bem o que fizeram nos últimos nove anos.

Sabem que de tanto martelar intoxicaram grande parte da população com informações deturpadas.

Sabem que exploraram a ignorância de milhões, e a avidez de outros tantos, para derrubar um governo legitimamente eleito e que redundou na condução ao poder de um sociopata perigoso, covarde e preconceituoso. Que em nome da família, apesar de incapacidade de manter as dele minimamente coesas, a não ser na corrupção, milhões de brasileiros estão famintos pelas ruas do país.

Tais bolsonaristas da mídia, regiamente pagos, direta ou indiretamente por dinheiro sujo, não jogaram apenas suas biografias no lixo, mas também sua credibilidade.

Porque embora sejam raras e raros com biografia a zelar, todas e todos desinformaram, em veículos sórdidos, a população.

Mentiram descaradamente sobre fatos aqui e fora daqui.

Joe Biden não se elegeria, Lula não reunia gente para fazer uma procissão em cidade do interior, as vacinas não tinham comprovação científica.

E deram espaço ao que há de pior no Brasil, de políticos de carreira a ministros tirados do fundo da fossa.

Envenenaram as pessoas a ponto de até a Justiça se deixar levar pela pressão popular — e demorar a acordar.

Difícil aos e às bolsonaristas da mídia a recuperação da credibilidade, apesar de ainda serem capazes de enganar essa gente acampada diante dos quartéis.

Daqui a poucos dias o Brasil reencontrará seu destino e a normalidade estará de volta, ainda com alguns e algumas recalcitrantes, talvez em número suficiente para manter os privilégios até dos e das bolsonaristas da mídia que nem sequer vivem no país ou não passam de garotos-propaganda para aviltar o papel da imprensa.

Todos e todas, no entanto, como o dia 30 de outubro de 2022 demonstrou, não mais passarão.

Ou passarão mal, objetos do desprezo de quem tem ao menos dois neurônios, vergonha na cara e apreço verdadeiro pelos excluídos.

Mas têm a chance de mudar se puserem a cabeça no travesseiro nesta noite, olharem para dentro de si mesmos e pensarem: "Que vilão, ou vilã, fui eu nos últimos anos; que canastrão, que canastrona; como fui desonesto, ou desonesta. Vou mudar".

Será?

Nota: o blogueiro segue em férias até 20 de janeiro. Mas, de vez em quando, ele não aguenta…