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Organizado e guerreiro, Palmeiras supera o bando de craques do Flamengo
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Antes da decisão, a competente homenagem ao Rei Pelé, com as três taças do mundo que ele ganhou com a camisa da Seleção Brasileira e sem nenhum canastrão carpideiro, todos os jogadores de amarelo com o número dez no peito, as filhas Kelly Cristina e Flávia com duas delas no gramado e um minuto de aplausos, com os 22 postados em círculo no meio de campo. O telão mostrava gols do Rei, sob o som que imortalizou o Canal 110, Na Cadência do Samba (que bonito é).
O clássico não ficou atrás.
Rony teve a chance do 1 a 0, quando Endrick dividiu a bola em saída do goleiro Santos, porque os cariocas pareciam ansiosos e os paulistas mostravam mais segurança, aos 20 minutos.
Mas dois minutos depois Zé Rafael derrubou Dom Arrascaeta na área e Gabigol tratou de abrir o marcador: 1 a 0. E de mostrar a camisa 10 fora do corpo para arreliar o jogo, levar cartão amarelo e, quem sabe, homenagear Pelé.
O jogo era nervoso como se houvesse muito mais que a Supercopa em jogo. Porque havia, como sabemos.
O Palmeiras estava melhor, Endrick jogava feito um veterano e com participação importante no empate por 1 a 1, quando passou para Dudu bater e David Luiz amortecer para Raphael Veiga fazer o gol na sua cara, aos 37.
Nos acréscimos, para fazer justiça, Gabriel Menino, com extrema liberdade, acertou um tirambaço de fora da área para virar o jogo, invertendo o que acontecera em 2021, quando foi o Palmeiras quem saiu na frente e levou a virada: 2 a 1.
A decisão entregava em emoção aquilo que prometera.
E o segundo tempo começou frenético, com Weverton salvando duas vezes o empate e Gabigol empatando aos 6 minutos, com drible e passe estupendos de Éverton Ribeiro.
Jogaço!
Cinco minutos depois, não mais, Endrick ia chapelando Éverton Ribeiro na área, ele meteu o braço na bola e Raphael Veiga bateu o pênalti para botar o Palmeiras na frente de novo: 3 a 2.
Pensa que acabou?
Aos 15, Pedro fez de letra ao receber de Airton Lucas o 3 a 3 sensacional.
Era até o caso de terminar o jogo e dividir a Supercopa, mas Weverton e Gabigol não concordariam, porque até quase chegaram às chamadas vias de fato.
Mayke entrou no lugar de Endrick e Vitor Pereira não mexia.
Santos evitou o quarto gol nos pés de Rony e, no contra-ataque, quase foi Pedro quem fez, não fosse Marcos Rocha interceptar.
Quem previsse o vencedor estaria apenas chutando.
Mesmo depois que, aos 28, em belíssima troca de passes e inversão de jogo do ataque alviverde, Gabriel Menino marcou de novo, o substituto de Danilo: 4 a 3. Mayke estava impedido, mas o VAR calou.
Cebolinha e Matheuzinho entraram nos lugares de Dom Arrascaeta e Varela.
Todas as trocas possíveis foram feitas e a pressão final dos talentosos cariocas morreu diante da organizada defesa paulista, diante de mais de 56 mil torcedores, embora tenha criado pelo menos duas grandes chances.
Eu não teria tirado nem Endrick nem Dom Arrascaeta, mas quem sou eu?
Sou um cara feliz por ter visto outra Supercopa inesquecível.
Mais que eu só os palmeirenses e Abel Ferreira, que conquistou a taça que não tinha e ganhou do conterrâneo Vitor Pereira pela quarta vez em quatro jogos, três pelo Dérbi paulistano.
Os rubros-negros não têm do que reclamar, exceção feita à irregularidade no quarto gol, mas o Palmeiras foi mesmo melhor.
Em cinco decisões de que participou da Supercopa, o Flamengo sai derrotado pela terceira vez.
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