Volta pra casa, Scarpa!

Aos 29 anos, e no auge da carreira, Gustavo Scarpa escolheu ter uma experiência na Premier League, opção mais que compreensível para um cara diferenciado como ele.

Trocou o campeão brasileiro Palmeiras, que concorre a todos os títulos que disputa, pelo Nottingham Forest, cuja ambição é apenas a de permanecer na primeira divisão.

Tudo bem, desde que ele chegasse para ser titular, o que contrato nenhum garante, mas que parecia certo em seu caso.

Pois eis que hoje o time recebeu o Manchester City para se defender do bicampeão inglês.

Então era aceitável que ele ficasse no banco, porque atacar não era prioridade.

Só que no fim do primeiro tempo o City fez 1 a 0, com Bernardo Silva, e nem assim o treinador o pôs no jogo para tentar achar o empate.

Scarpa é curtido por banco, mas tudo tem limite.

O melhor que teria a fazer seria planejar sua volta ao futebol que o trata como merece.

Ainda mais porque às vésperas de mudanças na Seleção Brasileira nem jogar pelo Nottingham não o recomendará.

Verdade que o Nottingham Forest achou o empate, aos 83 minutos, numa daquelas mais extraordinárias demonstrações de que quem não faz, toma, única finalização dos anfitriões entre as traves, contra seis dos visitantes, de um total de 26 contra 4.

O empate recolocou o Arsenal na liderança depois de sair duas vezes atrás do Aston Villa e virar para 3 a 2, terceiro gol depois de tirambaço de Jorginho no travessão e na cabeça do goleiro, já nos acréscimos

Não é por acaso que a Premier League é o melhor campeonato nacional do planeta.

A única façanha que Scarpa terá para contar do jogo desta tarde foi a de Haaland, artilheiro do campeonato com 26 gols.

Ele chutou uma bola no travessão e, na pequena área, pegou o rebote para perder o gol mais feito da vida dele. Simplesmente inacreditável.

O Arsenal parece fadado a sair da fila de 19 anos, dois pontos à frente e com um jogo a menos, ou seja, potencialmente com cinco pontos de vantagem.