O Palmeiras está ficando monótono

Você começa a ver um jogo do Palmeiras e não tem dúvida sobre quem será o vencedor.

A única dúvida é sobre o placar final e, ultimamente, essa bobagem de saber se Endrick fará gol.

Hoje, contra a Ferroviária foi assim na casa verde.

Domínio absoluto, uma chance aqui, outra ali, mais uma acolá e, enfim, aos 41 minutos, passe de Veiga na cabeça de Menino e pronto! 1 a 0.

Liderança reassumida na classificação geral para não dar mole ao São Bernardo e o segundo tempo todo pela frente para responder sobre qual seria o placar final e se Endrick poria fim ao jejum.

Fosse compreensivo, Abel Ferreira o deixaria em campo até o fim.

Não fosse, o tiraria mesmo que não tivesse feito gol e o abraçaria como gesto que faltou no último jogo.

Mas já imaginou como seriam felizes todos os torcedores do Brasil se o problema deles fosse ter um jogador de 16 anos que ainda não fez gol em 12 jogos, com nove vitórias e três empates?

Bem, enquanto não sai o gol do menino, Veiga fez mais um, do meio da rua, aos 15, diante de quase 29 mil torcedores — porque a capacidade da casa verde estava limitada por causa de show que haverá nesta semana.

E a dúvida sobre Endrick acabou porque Giovani entrou no lugar dele, com abraço moderado do treinador.

Único invicto no Paulistinha, melhor saldo de gols, melhor defesa com apenas quatro gols sofridos em 11 jogos, segundo melhor ataque, com 18 tentos, três a menos que o São Bernardo.

Será campeão?

Ninguém sabe.

Mas se você fosse obrigado a apostar tudo que tem num só time, em quem apostaria?

Pois é. Já está ficando monótono.

Azar dos outros.

Em tempo: aos 46, a Ferroviária descontou, com Matheus Lucas, porque a tranquilidade era tanta que o Palmeiras desconcentrou-se: 2 a 1.