Presidente da Conmebol denunciado por corrupção

POR CLAUDIO ORTEGA, Emol

Mais uma vez, o fantasma dos escândalos de corrupção assombra a América do Sul.

Agora sob a imagem do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez.

Do Paraguai, seu país natal e onde foi presidente da federação de futebol, surgiu uma denúncia contra ele, que foi veiculada pela televisão alemã Welt.

Um grupo de jornalistas paraguaios acusou Domínguez de vender a baixo custo os direitos de transmissão das partidas da seleção paraguaia nas Eliminatórias. E onde está o problema?

Nos números...

Segundo os autos, quando Domínguez estava no comando da federação, vendeu os direitos à empresa paraguaia Ciffart por 9 milhões de dólares.

No entanto, havia uma proposta muito melhor sobre a mesa. Segundo a denúncia, a agência uruguaia Tenfield participou da mesma licitação, que oferecia 17 milhões de dólares, valor que foi ignorado pelo então timoneiro da agência, apesar de ser 8 milhões a mais que o da Ciffart.

Os dados levantados pelos jornalistas paraguaios sugerem que a empresa que detinha os direitos era um "cover" (testa de ferro) para os verdadeiros patrocinadores, a empresa argentina Full Play, que esteve envolvida em vários casos de corrupção do FIFA Gate.

Com isso, o jornal alemão ampliou a investigação e agora garantiu que os antecedentes já estão na mesa do Comitê de Ética da Fifa, que vai investigar o caso.

Como funciona o FullPlay? "O modelo de negócio era simples: os chefes das associações sempre davam às mesmas empresas os direitos de televisão e marketing e recebiam propina em troca", diz.

Ainda agora do Paraguai garantem que uma das últimas declarações de Alejandro Burzaco, ex-CEO da TyC, que caiu no escândalo, envolve diretamente Domínguez.

Precisamente no âmbito do FIFA Gate, caiu Sergio Jadue, ex-presidente da ANFP e que desde então está nos Estados Unidos. Sua sentença foi adiada várias vezes e ele ainda está trabalhando como testemunha no caso.