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Blog do Juca Kfouri

REPORTAGEM

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Fluminense humilha o Flamengo e é bicampeão carioca com folga

Marcelo comemora após marcar na final do Carioca entre Fluminense e Flamengo - Thiago Ribeiro/AGIF
Marcelo comemora após marcar na final do Carioca entre Fluminense e Flamengo Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

09/04/2023 20h03

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O Maracanã está quantos metros acima do nível do mar?

Nenhum!

Mas o Fluminense fez o Flamengo parecer que jogava em Quito, tamanho o baile que deu nele no primeiro tempo, quando Marcelo fez um golaço e Cano ampliou, em jogada de Keno para Ganso enfiar a bola com a classe que Deus lhe deu.

Xingaram tanto Vitor Pereira que ele tirou Gabigol do lado de Pedro e pôs Éverton Ribeiro para evitar a catástrofe. Subia a febre de sua querida sogra.

Só no segundo minuto do segundo tempo o goleiro Fábio foi incomodado, por cabeceio de Thiago Maia que não entrou por milagre.

Mas o primeiro tempo tricolor tinha sido de tamanha superioridade que parecia jogo de adultos contra crianças, e crianças mal-educadas, desorganizadas, desobedientes, se é que o professor deu alguma ordem que fizesse sentido.

Risco mesmo o Fluminense só corria porque mais uma vez Fernando Diniz insistiu com Felipe Melo que, no entanto, reclamou de pênalti de Fabrício Bruno e o VAR concordou para Cano bater e fazer 3 a 0, aos 8 minutos, ao pegar o rebote da defesa de Santos, que já havia impedido o terceiro gol no fim do primeiro tempo, em arremate de Alexsander.

O Flu fazia a vantagem que lhe garantia o bicampeonato carioca, o termômetro da sogra fervia, o 33º título estadual se aproximava.

O Flamengo precisava de um gol para levar a decisão à marca do pênalti e dois para ser campeão pela 38ª vez e Matheus França, que havia substituído Léo Pereira, quase fez o gol ao dar chapéu desmoralizante em Felipe Melo, mas parar em nova defesaça de Fábio.

Para sorte tricolor, Felipe Melo se machucou e Vitor Mendes entrou, aos 17 minutos.

Alexsander fez 4 a 0 em seguida e quase furou a rede do Maracanã.

A goleada estava decretada e a humilhação imposta ao rival estabelecida, quinto título perdido em 2023.

Diniz ganhava seu primeiro título num clube grande e com show de bola, como ele gosta, embora não estivesse no banco, suspenso pela expulsão no jogo de ida.

A TAP reservava um lugar na classe executiva no próximo voo Rio/Lisboa. Que faça boa viagem.

E que as Laranjeiras comemorem como a vitória, até mais que o título, merece, porque histórica dadas as circunstâncias. Virou para cima do Flamengo — que voltou a marcar, o chamado gol de honra, com Ayrton Lucas nos acréscimos — como se fosse o Volta Redonda.

Em tempo: tem rubro-negro também comemorando porque acha que VP sobreviveria na Gávea se fosse campeão,

Sádico, o assoprador de apito deu sete minutos de acréscimos, para o flamenguista pagar todos os seus pecados e o tricolor comemorar até o derradeiro gole, com 75 mil torcedores na baixitude do Maracanã.

Mas, convenhamos, praga de corintiano é fogo.