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Sampaoli é louco ou corajoso?
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O primeiro tempo terminou na Fonte Nova com 3 a 1 para o Flamengo sobre o Bahia.
E sabe por quê?
Porque o Flamengo soube aproveitar os erros da defesa baiana e o Bahia não soube aproveitar os da defesa do Flamengo.
Como a diferença técnica entre os jogadores dos dois times é grande, nada mais natural que os números estampados no placar.
O Rubro-negro fez seus três gols em bolas paradas que valem igual aos com a bola em movimento, embora sirvam para desculpas absolutamente sem sentido.
O primeiro dos cariocas veio de cobrança de falta por Dom Arrascaeta para David Luiz cabecear e Matheus França abrir o marcador.
O segundo veio mais uma vez de pênalti batido por Gabigol, depois de ótima jogada entre Cebolinha e Dom Arrascaeta, que deu um drible desconcertante em Vitor Hugo.
Em seguida em linha de passe de baiana com rápidos toques de bola no espaço generoso que a defesa da Gávea concedia com frequência, Biel diminuiu em lindo gol.
Mas ainda antes do fim dos acréscimos, em cobrança de falta por Cebolinha, e 76 jogos depois, David Luiz desferiu violenta cabeçada e fez o 3 a 1.
Uma festa de gols com os times jogando e deixando jogar.
Na volta do intervalo, um choque!
Jorge Sampaoli fez extravagantes cinco substituições, ou porque considerava o jogo liquidado, ou porque o Flamengo terá o Fluminense pela frente na terça-feira pela Copa do Brasil.
Do goleiro Matheus Cunha ao ponta Cebolinha, além de David Luiz, Thiago Maia e Matheus França.
Santos, Wesley, Pulgar, Vidal e Bruno Henrique entraram em atitude que cabe ser avaliada de duas maneiras: coragem do argentino ou pura loucura.
O resultado final determinaria a conclusão: caso a vitória escapasse Sampaoli seria execrado; em caso contrário a Nação pediria sua internação.
O Bahia voltou apenas com uma troca feita pelo português Renato Paiva, a entrada de Ademir no lugar de Vitor Hugo.
Só aos 16 minutos foi feita a segunda substituição, com Nicolás Acevedo no lugar de Yago Felipe.
Acontece que dez minutos antes, uma falta cruzada pela esquerda atravessou a área carioca pelo alto, parou exatamente nos pés de Ademir que bateu cruzado e comemorou o segundo gol, aceito por Santos: 3 a 2.
O Flamengo tratou de tentar administrar a vantagem e a ser pressionado pelos anfitriões.
A Nação já começava a tirar do bolso o receituário para pedir a internação de Sampaoli.
Mas para sorte do Flamengo, aos 29, o zagueiro Rezende foi expulso e, aos 32, Kanu, o outro zagueiro, também foi, e 11 contra nove, convenhamos, as coisas ficaram bem mais fáceis.
Assim mesmo, por pouco, em seguida, Cauly fez fila na defesa e quase empatou.
O gramado da Fonte Nova, com mais de 47 mil torcedores, virou um latifúndio para o ataque do Flamengo, que passou a perder oportunidades.
Aos 42, Santos não cortou outra cobrança de falta sobre a pequena área e por pouco Acevedo não empatou na segunda trave.
E qual a conclusão sobre Sampaoli?
Sim, ele é corajoso. E maluco, completamente louco.
Como o assoprador de apito Zanovelli que mostra cartões quase a cada apitada que dá, nada menos de 11 amarelos e dois vermelho. Ô louco, orra meu!
Já o Bahia merecia mais e sua torcida entendeu.
O Flamengo merecia menos e dificilmente terá entendido.
Sampaoli e Zanovelli podem se dar as mãos.
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