Topo

Julio Gomes

Mãe de vítima do Ninho relata tristeza e revolta com o Flamengo

14/01/2020 21h00

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Rykelmo, 16 anos, era o xodó da dona Rosana. O menino carregava uma homenagem no nome, só vivia de e para o futebol. O sonho e a vida acabaram em um contêiner no Ninho do Urubu.

"Entreguei meu filho no aeroporto para o Flamengo e recebi um caixão lacrado de volta, não pude nem ver o rostinho dele".

O depoimento dado ao programa Bandsports News Debate é dos mais fortes que já ouvi (vídeo abaixo).

O Flamengo anuncia que fez acordo com três famílias e meia. A "meia" é o pai de Rykelmo, que não cuidava do filho, não morava com ele, não tinha a guarda dele.

Quem é oportunista? Quem aponta o dedo para a morosidade do Flamengo? Ou o clube, que se aproveita de uma divisão familiar como esta? Ou o clube, que nada no dinheiro, com previsão orçamentária acima de 700 milhões de reais para 2020, e ainda se aproveita da divisão das 10 famílias, que deveriam estar unidas nesse processo?

Assista aos vídeos e chore com dona Rosana. E fique indignado, como estou. Ou escolha passar o pano para a conversinha de dirigentes de futebol e engravatados que não perderam suas crianças queimadas por irresponsabilidade alheia.