Palmeiras ultraofensivo vence, mas teve buracos demais e chances de menos
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Resumo da notícia
- Palmeiras vence bem na estreia, mas sistema precisa de mais testes
- Tigre, da segunda divisão argentina, não marcou porque não tem bola para isso
Precisamos dividir em dois o jogo entre Tigre e Palmeiras. Até a expulsão por agressão de Acuña, aos 16min do segundo tempo, foi um. Depois, foi outro.
Após a expulsão, o Palmeiras fez 2 a 0, teve um pênalti absurdo não marcado em Willian, teve espaço, teve chances de fazer um monte de gols.
Mas a análise válida é a dos 60 minutos de 11 contra 11.
O sistema ultraofensivo de Luxemburgo parece que não tem os minutos de treinamento necessários. Não é fácil para ninguém encontrar o equilíbrio defensivo, principalmente para times que querem propor e ter o controle do jogo.
Com Ramires e Bruno Henrique no meio, Felipe Melo e Gustavo Gómez muitos metros para trás, ficou um buraco gigantesco. O Tigre, um time de segunda divisão da argentina, não fez gol no primeiro tempo porque não tem capacidade técnica para isso. E esta é a análise interna principal que Luxemburgo precisa para a sequência do trabalho.
Eu já esperava um Palmeiras mais frágil defensivamente, e correr o risco faz parte em jogos em que a superioridade técnica é tão grande. Melhor ganhar de 5 a 2 do que de 1 a 0.
Mas tal fragilidade precisa ser trabalhada, se Luxa quiser usar o sistema daqui para frente.
O que chamou atenção foi a falta de volume, que deveria ser a contrapartida. Fragilidade atrás, volume à frente.
O Palmeiras não teve volume nestes 60 minutos. Por onde a construção começa? Pelo zagueiros? Volantes? Laterais? Dudu? Não está claro, o time precisa de mais treinamento.
O Palmeiras enfrentou um timeco, que está na Libertadores bem por acaso, e não soube construir a goleada que deveria ter construído.
Depois, como já dito, com 2 a 0, ficou mais fácil. Aliás, dois gols maravilhosos de Luiz Adriano e Willian - este último foi o melhor em campo, é um jogador incrivelmente coletivo e capaz de funcionar em qualquer sistema, o coringa que qualquer técnico quer ter.
O Paulistão é perfeito para testes e esse grupo da Libertadores é uma grande moleza. Luxemburgo tem ainda um par de meses para fazer testes, é justo insistir neste sistema.
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