Super Bayern retoma ritmo de vitórias, mas ainda não de jogo
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O Bayern de Munique era o time mais quente da Europa antes da parada do futebol. E retomou neste domingo o ritmo de vitórias, fazendo 2 a 0 sobre o Union Berlin, na capital alemã. Assim, o Bayern volta a abrir a vantagem de quatro pontos sobre o Borussia Dortmund e cinco sobre o Moenchengladbach, seus competidores diretos pelo título da Bundesliga.
O que não veio junto com a vitória foi um grande futebol. Ao contrário do Dortmund, que no sábado atropelou o Schalke 04 atuando muito bem, o Bayern fez um jogo apático, principalmente no primeiro tempo.
Teve a posse de bola, claro, afinal era o grande em campo contra um caçula da liga, que faz uma temporada até acima da expectativa. Cabia ao líder se impor. No primeiro tempo, faltou velocidade para fazer o jogo pelas laterais funcionar. O natural teria sido um 0 a 0 no intervalo, mas um pênalti infantil do bósnio Subotic permitiu a Lewandowski fazer seu gol de número 40 na temporada, em 34 partidas.
No segundo tempo, o Bayern manteve o ritmo lento nos primeiros 20 minutos. Mas, diante de um adversário que nada tentava, acelerou na reta final e chegou ao segundo gol. Foi um jogo, na verdade, dentro da expectativa para times que não atuavam havia dois meses - o diferente foi o ritmo imposto pelo Borussia, sábado.
Temporada de recuperação
O Bayern se aproxima do oitavo título alemão consecutivo em uma temporada que não começou bem. Em novembro, a Alemanha entrou em choque quando o "Super Bayern" levou de 5 do Eintracht Frankfurt.
O Bayern não apanhava de 5 desde 2009, quando levara um baile histórico do Wolfsburg, de Grafite, que seria campeão naquele ano. A década que se encerra foi toda do clube bávaro, sem tropeços, sem vexames. Mas a temporada 19/20 começou realmente mal, e o técnico croata Niko Kovac pagou com o emprego após a derrota em Frankfurt. Naquele momento, o Bayern era o quarto colocado no campeonato.
Assumiu interinamente Hansi Flick. Ex-jogador do clube e auxilar de Low na Alemanha em dois ciclos de Copa do Mundo (ficou de 2006 a 2014), que acabaram com o tetra no Maracanã, Flick chegou ao Bayern nesta temporada, como auxiliar de Kovac. Hoje, tem contrato assinado para ser técnico principal do clube até 2023.
A chefia agiu rápido após o bom início de Flick como treinador. Com ele, o Bayern ganhou agora 19 de 22 partidas. Encontrou um time (que não tem Coutinho entre os tituares), encontrou um jeito de jogar, encontrou a confiança perdida.
Daqui a oito dias, 26 de maio, uma terça, será disputado o confronto direto entre Borussia e Bayern - menos mal para o time de Flick que a muralha amarela estará vazia. Por isso era importante para o Bayern não perder pontos em Berlim e contra o Frankfurt, sábado que vem.
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