Juventus e CR7 brincam com fogo, mas abismo para o Milan está grande demais
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Em jogo com pênalti perdido por Cristiano Ronaldo ("alguma coisa mudou", noticiou a "Gazzetta dello Sport"), o futebol voltou a ser disputado na Itália. Foram três meses de caos, mortes e más notícias, mas a vida deu mais um passo rumo à normalidade. E, se normal não foi ver CR7 bater a penalidade na trave, o classificado para a final da Copa da Itália foi para lá de esperado. O "novo normal" é igual ao velho.
O 0 a 0 classificou a Juventus para a final, deixando o Milan pelo caminho mais uma vez. A decisão será já na semana que vem, contra Napoli ou Inter. Ato seguido a Série A será retomada para as 12 rodadas finais.
Foi um jogo perigoso para a Juventus. Após o empate por 1 a 1 na ida, o gol fora acabou classificando o time de Sarri, que jogou com um homem a mais desde os 17min de partida. Apesar do domínio e do controle da posse de bola, a Juve nunca massacrou o Milan. Cheio de rostos desconhecidos e com um Lucas Paquetá bastante ineficiente, o time de Milão se segurou e deu um susto ou outro no final. A zebra poderia até ter acontecido, mas o poderio ofensivo deste Milan não é dos maiores.
Aliás, Paquetá não foi o único brasileiro mal em campo. Douglas Costa, do lado da Juventus, foi uma máquina de perder bolas.
Chega a ser deprimente o abismo entre os dois clubes, que travaram duelos épicos por décadas (incluindo final europeia em 2003). Buffon, que perdeu aquela decisão nos pênaltis para Dida, era o goleiro da Juve hoje - em seu ano de aposentadoria, ele atua somente na Copa da Itália e pode acabar a gloriosa carreira levantando um troféu semana que vem. Seria um gran finale.
O Milan foi campeão italiano pela última vez em 2011 e, desde 2013, nem entre os três primeiros fica. Desde então, a Juventus ganhou oito títulos seguidos de Série A e lidera em busca do nono. Na Copa Itália, após quatro canecos seguidos, a Juve foi destronada pela Lazio ano passado. E agora tenta retomar a rotina de ganhar tudo domesticamente.
O pepino é que o grande objetivo da temporada é a Champions League, e o futebol da Juventus com Sarri nunca engrenou a terceira marcha. Hoje, vimos mais do mesmo do que víamos antes da pandemia. A Juve avança porque é melhor, porque está acostumada a vencer, porque é isso o que fez na década toda. Mas o jogo não empolga e há pouca construção para um time com Cristiano Ronaldo.
Já o torcedor do Milan... bem, olhar para trás segue sendo mais emocionante do que olhar para frente. O futuro é pouco promissor.
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