Jorge Jesus 'não disse não' e é plano A, B e C do Benfica
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Quando Octavio Machado fala sobre Jorge Jesus, é melhor ouvir. Amigos íntimos de décadas, confidentes, ex-companheiros de equipe no Vitória de Setúbal (80-83), quando ainda jogavam, e recentemente parceiros no Sporting - foi Jesus quem exigiu que contratassem Machado para ser o diretor esportivo.
Na noite de domingo em Portugal, Machado participou de um programa na CMTV e disse com todas as palavras: "Jorge Jesus não disse 'não' ao Benfica". Está disposto a voltar ao clube que treinou de 2009 a 2015, mas não agora. E, sim, para o início da temporada que vem, em alguns meses.
A notícia foi tratada como "breaking news" na noite de domingo. Afinal, Octavio Machado tem canal de comunicação direto e aberto com o treinador, é quase um porta-voz. Segundo ele, Jesus deixou aberta a porta na conversa que teve com o presidente do clube. Há barreiras a serem superadas, mas elas podem, de fato, ser superadas.
O Benfica está sem técnico na reta final do Campeonato Português e acabará perdendo o título para o Porto. Em outubro, há eleições no clube, e Luis Filipe Vieira, no poder desde 2003, sabe que não pode errar. Um mês antes, o Benfica irá disputar a fase classificatória para a Champions 20/21.
Ao longo da semana, muitos nomes foram especulados e se ofereceram para assumir o Benfica. Mas, conforme os dias passam, Jorge Jesus vai se transformando claramente nos planos, A B e C do presidente. É ele ou ele.
Todos sabem que Jesus acaba de renovar contrato com o Flamengo. Mas o diretor de um importante jornal esportivo me contou que, aqui em Portugal, trabalha-se com a informação de que Jesus quer voltar. Tem saudades do país, dos amigos, das rotinas. A oferta salarial do Benfica seria maior do que a do Flamengo.
Mas o que Jesus quer mesmo é um projeto. É saber que terá dinheiro para montar uma equipe competitiva em nível de Champions League. O grande objetivo de vida do treinador é ter uma chance em algum dos gigantes europeus e, para isso, a vitrine precisa ser o Benfica forte em uma Champions, não adianta ganhar com o Flamengo. É preciso fazer uma campanha europeia com o clube encarnado que chame a atenção.
Outro fator importante na equação é a Libertadores. A América Latina é o epicentro da pandemia do coronavírus no momento, o Brasil não passa nem perto de controlar alguma coisa e vem sendo criticado por praticamente todos os vizinhos. Quem pode garantir que haverá fronteiras abertas para a realização da Libertadores?
Se a competição continental for adiada, os portugueses acreditam que Jesus volte quase que imediatamente. Se ela for retomada, fica mais complicado.
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