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Julio Gomes

O futebol do Palmeiras dá sono

Rafael Vaz, do Goias, comemora gol diante do Palmeiras - Marcello Zambrana/AGIF
Rafael Vaz, do Goias, comemora gol diante do Palmeiras Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

15/08/2020 23h26

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Quando eu for presidente da CBF, não se preocupem: proibirei jogos do Brasileirão nos mesmos dias em que houver jogo de mata-mata da Champions League. É que deprecia o produto...

Depois de ver os quatro jogos que vimos nos últimos dias, em Lisboa, é sofrido demais ter que ver Grêmio, Corinthians, Palmeiras... o Flamengo até que teve lampejos de bom futebol em Curitiba, para ser justo.

Já o empate por 1 a 1 entre Palmeiras e Goiás, no Allianz, foi um sono impressionante. Se houvesse um vencedor, deveria ser o Goiás. Mesmo com todos os seus desfalques (QUINZE!), foi o time mais organizado em campo, que sabia o que queria. Teve um par de chances na etapa final. Sofreu aquela pressãozinha no fim, mas deu para lidar bem com ela, já que o sistema do Palmeiras era mais uma espécie de bumba-meu-boi.

O Palmeiras empatou a quarta seguida e não venceu um time de Série A ainda neste ano. Como vencer jogando essa bolinha? O Palmeiras não tem padrão tático, os jogadores tentam encontrar soluções por conta própria, não há movimentos coesos e objetivos.

É como se o Palmeiras não tivesse meio de campo. Tem jogadores lá, mas não tem meio de campo. Troca jogadores, mas segue sem meio de campo. A quantidade de passes fáceis errados é surreal. Não chega nada para o coitado do Luiz Adriano, é ele contra o mundo. Sem meio de campo, amigas e amigos, nenhum time vai a lugar algum. Luxa precisa fazer um trabalho melhor com o que tem em mãos.