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Julio Gomes

A Itália nunca mais será forte?

Leonardo Bonucci e Edin Dzeko disputam bola na partida Itália x Bósnia pela Liga das Nações - Isabella Bonotto/AFP
Leonardo Bonucci e Edin Dzeko disputam bola na partida Itália x Bósnia pela Liga das Nações Imagem: Isabella Bonotto/AFP

04/09/2020 17h54

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A Itália começou a Liga das Nações empatando com a Bósnia Herzegovina: 1 a 1. Alguém está espantado? Não. É uma gigante da história do futebol, mas já virou uma seleção mediana faz tempo.

Teve aquele repique de 2006, tem uma camisa maravilhosa e pesada, tem clubes importantes, tem pizzas, spaghetti e tiramisús maravilhosos. Mas cada vez menos tem jogadores de relevância. E até mesmo a histórica resiliência tática já foi superada por tantos outros.

Se em 2006 foi campeã do mundo, em 2010 e 2014 a Itália nem passou da fase de grupos. E não se classificou para a Copa da Rússia-2018. No meio disso, chegou a uma final de Eurocopa, em 2012 - mas não é campeã continental desde 1968, por sinal.

Alemanha e Brasil não alternam resultados espetaculares com pífios, como os da Itália. São muito maiores e constantemente competitivos, ainda que a quantidade de Copas conquistadas seja parecida.

Estamos habituados a falar de quatro gigantes no futebol mundial, mas acho que há dois países que estão em um degrau acima quando falamos de seleções.

Quando vejo a Itália empatar com a Bósnia, jogando esse futebol pequenininho e sem muitas perspectivas, dá certa agonia. Como os jogos da Azzurra podem começar tão lindos, como aquele hino, e acabar tão tristes?

Será assim para sempre?