Barcelona ganha queda de braço com Messi, mas perde chance de reconstrução
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O Barcelona ganhou a queda de braço. Com o apoio da liga espanhola, empurrou Lionel Messi para a decisão do "fico". Mas será que foi a melhor decisão?
Eu já falo há alguns anos sobre isso, se não valeria à pena vender Messi e reconstruir sem ele - porque isso vai acontecer, uma hora ou outra. Três anos atrás, isso faria sentido para dar a Neymar o protagonismo e seguir com ele no comando. Hoje, faria sentido por uma questão de caixa e opções.
O Barcelona tem material humano - Griezmann, Dembele, Coutinho, Ansu Fati despontando (ontem, fez chover na goleada da seleção espanhola sobre a Ucrânia, pela Liga das Nações). Só que esse material humano não tem funcionado ao lado de Messi. E faltam qualidade e perspectivas em várias outras posições, não é um elenco completo,
Ao longo dos últimos dias, houve uma especulação sobre o Manchester City pagar 100 milhões de euros e dar três jogadores ao Barcelona - na lista, jovens como Gabriel Jesus. Não sabemos se é verdade. Leonardo declarou que o PSG também estava pensando em uma proposta. Se a Inter de Milão quisesse mesmo Messi, talvez pudesse liberar Lautaro Martínez.
Enfim, parece que, se o Barça tivesse admitido a saída de Messi, poderia encontrar boas oportunidades. E fazer caixa, o que seria importante para um clube sem dinheiro no momento e mais importante ainda com a pandemia e as incertezas sobre arrecadação.
Messi fica, Koeman chega, Suárez sai, Neymar não vem. Não consigo enxergar uma temporada promissora para o Barcelona. Como a diretoria atual sairá em março, o barcelonismo torce para que Messi não acerte com ninguém a partir de janeiro e aguarde para tomar a decisão. No meio do ano, quando acaba o contrato, pode até decidir seguir e encerrar a carreira no Barcelona.
Mas pode decidir, de novo, ir embora. De graça.
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