Liga espanhola começa capenga, sem Messi nem extravagâncias
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Não tem Messi. Porque não tem Barcelona. E nem Real Madrid, Atlético ou Sevilla. Assim, começa o Campeonato Espanhol 20/21, neste sábado.
Para quem chama La Liga de campeonato de dois times - ou mesmo para os mais generosos, que falam em "liga de três" -, é como se não estivesse acontecendo nada. O jogo de abertura é entre Eibar x Celta de Vigo. Credo.
Isso acontece porque os quatro clubes mais fortes do país estiveram envolvidos em Champions League e Europa League, em agosto, e ganharam uma folga extra. O Real Madrid estreia na segunda rodada, Barcelona, Atlético e Sevilla entram na terceira. Getafe e Elche também começam mais tarde.
Quando os grandes entrarem em campo, pouco terão de diferenças em relação aos times que estavam jogando na temporada passada. Foi o mercado da bola mais parado na Espanha neste século.
O Real Madrid contratou simplesmente ninguém. Isso mesmo, ninguém. Aliás, outros sete clubes tampouco se reforçaram. E ainda houve desmanches, como o do Valencia.
O Barcelona "contratou" Pjanic, mas na verdade apenas fez um trocar por Arthur. O Atlético já havia desembolsado 56 milhões por Morata, mas a operação só aparece agora. No total, foram 288 milhões de euros na janela de transferências, segundo o diário "Marca". Nada nem perto dos 825 milhões gastos pelos clube da Premier League, por exemplo.
Por que isso aconteceu? É claro que a pandemia e uma janela diferente são parte da resposta. Mas, essencialmente, o mercado sem extravagâncias, quase vazio, se deve aos que se movimentam mais, os que têm mais.
O Real prefere apostar na renovação comandada por Zidane e entra como favorito ao título. O Barcelona nem poderia pensar em contratações quando tem um abacaxi do tamanho de Messi para resolver.
No fim, Messi fica. Suárez vai embora. E, de novidade, apenas Pjanic, para jogar ao lado de De Jong no meio. Segundo a imprensa catalã, o novo técnico, Koeman, deve mandar Busquets ao banco - depois de 11 temporadas seguidas como titular absoluto. E Griezmann, que nunca engrenou no Barça, deve ganhar uma chance no comando de ataque. Os nomes estão lá, mas as interrogações também.
O Atlético segue firme abraçado ao projeto Simeone, então estão garantidos vários 1 a 0 magros e empates inexplicáveis. O Sevilla, de Lopetegui, campeão da Europa League, resgatou Rakitic. Curiosamente, um dos que mais gastou foi o recém-ascendido Cádiz, pois precisou exercer direitos de compras (9 milhões).
O Cádiz joga neste sábado contra o Osasuna, mas a torcida mais bacana da Espanha não poderá entrar no Ramon de Carranza para empurrar o time, se divertir e nos divertir.
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