Argentina e Uruguai têm vitórias parecidas, mas perspectivas diferentes
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Começaram as eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo! Muita gente despreza, não dá a devida bola, mas este é um dos torneios de futebol mais apaixonantes do mundo. Todos os jogos são difíceis, há muito equilíbrio, muitos dos melhores jogadores do futebol europeu voltam ao continente, são campos difíceis, tem altitude, umidade, tem de tudo. Só não tem torcida, o que é uma grande pena.
Argentina e Uruguai: vitórias parecidas, dramáticas.
Os argentinos venceram o Equador por 1 a 0, em Buenos Aires, com um gol de pênalti de Messi - pênalti inexistente, diga-se. A bola ficou quase todo o tempo com a seleção de Scaloni, mas foram criadas pouquíssimas chances de gol. É impressionante a lentidão da Argentina, a falta de ideias, de movimentação, de opções, de criação. É uma seleção que vive de lampejos de Messi, e eles são cada vez menos frequentes.
No segundo tempo, o Equador começou a acreditar no empate e foi atrás dele. Criou um punhado de chances, levou perigo e o jogo ficou aberto até o apito final. Talvez o empate fosse até mais justo.
Assim como em Montevidéu, em outro estádio histórico e vazio - o Centenário. O empate teria sido mais justo entre Uruguai e Chile, mas os uruguaios saíram com a vitória por 2 a 1 com um gol de Maxi Gómez aos 48min do segundo tempo.
Lá, como em Buenos Aires, teve polêmica de arbitragem. O primeiro do Uruguai foi marcado por Luís Suárez em um pênalti daqueles de VAR. O Chile buscou o empate, com Alexis Sánchez, chegou a ameaçar a virada da etapa final, mas sofreu o castigo.
O Chile, envelhecido e com os mesmos nomes que nos acostumamos a ver, não joga mais como jogava com Bielsa e Sampaoli, é uma sombra da seleção bicampeã da Copa América. Mas Rueda, ex-técnico do Flamengo, conhece do riscado. O Chile competiu bem em Montevidéu e certamente batalhará pela vaga no Catar.
Também por isso foi importante a vitória do Uruguai sobre o velho freguês, que sempre apanha quando visita o Centenário. Os uruguaios estão acostumados a sofrer em eliminatórias, foram três pontos cruciais, ainda que seja só o começo.
Se as vitórias de Uruguai e Argentina foram parecidas pelo modo como ocorreram, totalmente diferente foi a carta de intenções das duas seleções pensando no futuro.
O Uruguai, do mestre Tabárez, foi a campo com Bentancur como primeiro volante, um jogador de ótimo passe. Perto dele, Valverde, do Real Madrid, e De Arrascaeta. A ideia do treinador é botar em campo um futebol como o que é jogado na Europa, um futebol de passe e de qualidade. Pode até não ter a ver com a característica histórica do Uruguai. Mas raça e entrega não se perdem e não são antagônicos a um futebol mais bem jogado.
Já a Argentina? Messi jogou à frente de um trio no meio de campo formado por Paredes, Acuña e De Paul. Convenhamos, sem muita graça. Os problemas defensivos continuam e, o essencial, é uma seleção sem intensidade. A camisa é pesada, mas o medo que mete é cada vez menor.
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