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Julio Gomes

Sem Neymar e Mbappé, não sobra muito para o PSG

Di María durante a partida entre RB Leipzig e PSG, pela Liga dos Campeões - UEFA via Getty Images
Di María durante a partida entre RB Leipzig e PSG, pela Liga dos Campeões Imagem: UEFA via Getty Images

04/11/2020 19h09

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Qualquer time do mundo que fique sem seus dois melhores jogadores terá problemas. É uma obviedade. Mas será que há, em qualquer lugar, um abismo tão grande quanto o que vemos no Paris Saint-Germain?

Sem Neymar e Mbappé, machucados, o Paris foi a Leipzig e voltou com uma derrota por 2 a 1. Como acabou o jogo com um a menos, a derrota por diferença mínima ficou até de bom tamanho. E só não foi mais trágica porque o Manchester United fez o favor de perder um jogo improvável contra o Istambul Basaksehir, o time mais fraco da chave - mais abaixo, no post, falo sobre a situação deste grupo da Liga dos Campeões.

O PSG teve suas chances na Alemanha. O jovem atacante italiano Kean, de 20 anos, herói na semana passada, começou a partida com tudo. Roubou uma bola de Upamecano e deu assistência brilhante para Di María fazer 1 a 0. Logo depois, arrumou um pênalti. Só que Di María desperdiçou. Ali, o Paris poderia ter feito o segundo e deixado o RB Leipzig em situação muito delicada na partida.

Sem Neymar e Mbappé, a qualidade do time em campo despenca de tal maneira que parece surreal pensar que o PSG tenha conseguido chegar à final da última Champions - e que deseje repetir o feito ou atingir o patamar mais alto. Simplesmente não é um elenco à altura, capaz de resolver os problemas de outro jeito. E como Neymar e Mbappé, convenhamos, se machucam toda hora, fica difícil.

O Leipzig, com a marcação altíssima, deu muitos espaços para o PSG, que não aproveitou. Por outro lado, sempre teve muito volume ofensivo, empurrando o adversário para trás. Chegou ao empate no primeiro tempo, virou no segundo com um pênalti e, aí sim, baixou as linhas. Deixou o PSG todo confuso em campo e teve vários contra ataques para ampliar o marcador.

Foi muito marcante a desorganização do Paris em campo. Tanto na tentativa de construir alguma coisa quando nas transições defensivas para evitar um desastre. Sem dúvida, o técnico Thomas Tuchel poderia fazer um trabalho melhor. Já que não tem os caras, que mexa no time taticamente para encontrar outros caminhos - e fechar caminhos. Mas não dá para apontar o dedo só para o técnico, é um elenco muito desequilibrado.

Agora, United e Leipzig têm 6 pontos, Paris e Basaksehir têm 3. O torneio volta só no fim de novembro, com os mesmos jogos de hoje (e mando invertido). O PSG não pode pensar em outro resultado que não seja o de vitória contra o Leipzig, até porque possivelmente o United fará a lição de casa em Old Trafford.

Já sabem. Neymar e Mbappé que deem um jeito. Porque, sem eles, o Paris não é time nem para as oitavas.