São Paulo e Flamengo precisam lidar com derrotas e, também, climões

O São Paulo acabou 2020 mal e começou 2021 ainda pior. Depois de dois jogos sem fazer um gol no Grêmio, consequentemente sendo eliminado da Copa do Brasil, o São Paulo foi a Bragança e caiu de 4 diante de um ótimo Red Bull Bragantino.

Mas, acredite se quiser, o São Paulo se livrou de uma noite ainda mais trágica. Por duas razões: a primeira, o Bragantino tirou o pé. Senão, poderiam ser 6, 7 ou 8, até. A segunda, a principal, é que o Flamengo, o principal perseguidor, perdeu para o Fluminense.

Assim, a diferença continua em sete pontos. Rodada boa mesmo para o Atlético Mineiro, que só jogará contra o Santos no dia 27 de janeiro. Ótima para o Grêmio, que saltou na tabela e ainda sonha - até porque é capaz que a final da Copa do Brasil fique lá para depois do Brasileirão. O Inter, quem diria, pode até se recolocar na disputa pelo título se vencer o Ceará nesta quinta.

Foi o pior jogo do São Paulo sob o comando de Fernando Diniz, sem sombra de dúvidas. Um time sem sangue, desconcentrado, que em 20 minutos cedeu gols e chances. O São Paulo teve alguns momentos-chave da temporada, em que mudanças foram feitas, atitudes, tomadas. Estaremos diante de um destes momentos?

A expulsão estúpida de Tchê Tchê, as palavras duras de Fernando Diniz na lateral do campo... não parece ser um time em paz, como algumas semanas atrás.

O Flamengo é outro que precisa olhar para dentro. Começou jogando muito bem contra o Fluminense, fez um primeiro tempo quase impecável. Vencia por 1 a 0, mas poderia e deveria ter ampliado a vantagem. No segundo tempo, o time sumiu. O Flu empatou, teve boas chances de virada, depois aguentou alguns minutos de pressão (chuveirinhos) e, no fim, Filipe Luís deu um presentão a Yago.

A frase de De Arrascaeta no final da partida mostra que tem caroço nesse angu: "Assim a gente não merece ser campeão". Está muito estranho o jogo do Flamengo nestas últimas semanas, sempre com tempo para trabalhar e sem desfalques importantes. Não deslancha e dedos são apontados para lá e para cá.

Não são só derrotas, tem um climão nos dois favoritos ao título que precisa ser trabalhado. Os perseguidores podem até sonhar.