Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Sem Neymar de novo, PSG tem o desafio de parar Messi (e pouco mais)
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Quando pagou 222 milhões de euros para contratar Neymar - fora os salários desde então -, não estava nos planos do Paris Saint-Germain ficar sem ele na Liga dos Campeões da Europa. Mas é o que acontece: de novo.
Assim como em 2018, contra o Real Madrid, e em 2019, contra o Manchester United, Neymar volta a desfalcar o PSG em uma partida de oitavas de final. Desta vez, contra outro gigante: o Barcelona, no Camp Nou. O jogo, às 17h (de Brasília), abre os duelos de ida das oitavas juntamente com RB Leipzig e Liverpool, que se enfrentarão na Hungria, em campo neutro.
Neymar se machucou em uma partida da Copa da França e ficará quatro semanas fora. Não se sabe ainda se poderá estar no jogo de volta, marcado para Paris, no dia 10 de março.
Sem ele, o PSG foi eliminado nas oitavas em 18 e 19. Com ele - e jogando bem -, o time de Paris chegou até a final da Liga em 2020. A diferença é simples assim. Neymar foi contratado para fazer do PSG campeão da Europa, não para ficar ganhando as competições domésticas. Ele já mostrou que faz a balança pesar para seu time quando está em campo.
Assim, fica adiado o tão esperado confronto entre Neymar e Messi, que durante todo este período trocaram mensagens de amor e admiração, deixando clara a vontade mútua de atuarem juntos de novo. Todos esperavam que isso acontecesse no Barcelona, já que Neymar forçou a barra para voltar (sem sucesso), em 2019. Mas agora o cenário aponta para uma chegada de Messi a Paris ao final da temporada, quando seu contrato com o Barça acaba. Essa é outra história e ainda temos de aguardar.
O fato é que, em Barcelona, a cidade toda tem perdido noites de sono com a possibilidade de Messi se mandar. A torcida pelo clube é dupla. Só um Messi "feliz" em Barcelona irá decidir continuar no clube até o fim da carreira. E a "felicidade" passa por resultados e um jogo prazeiroso de jogar.
O Barça melhorou? Sim, melhorou. São sete vitórias seguidas em La Liga e uma invencibilidade de 12 partidas (com dez vitórias) em pouco mais de dois meses. Mas a recuperação na Liga contrasta com vários jogos ruins pela Copa do Rei e a perda da Supercopa da Espanha. É um time de altos e baixos. Às vezes, Messi está presente nos "baixos". Mas não há "altos" sem Messi.
O time só joga bem quando Messi joga bem. Aí Griezmann cresce, Pedri melhora, De Jong e Dembélé justificam os altos investimentos feitos neles e por aí vai. Quando Messi não está, esses caras todos desabam dentro de um túnel da mediocridade.
Mauricio Pochettino chegou ao PSG há pouco mais de um mês. É o quinto técnico desde que o dinheiro do Catar começou a jorrar no clube. Ancelotti, Blanc, Emery e Tuchel deram os óbvios títulos locais ao Paris, mas não o europeu.
Pochettino é argentino, como Messi, e tentará tirar espaço do gênio com um meio de campo povoado por Paredes, Gueye, Verratti e que ainda pode ter um quarto elemento, com Mbappé e Icardi à frente.
Teoricamente, o Paris dará a bola ao Barça e tentará contra atacar em velocidade. O problema é que o time não está nem um pouco habituado a jogar assim, pois as demandas no Francês são outras. A chave para o Barcelona é movimentar a bola rapidamente e encontrar situações de 1 contra 1 com Alba e Dembélé pelos lados. Quem encontrará essas situações? Messi, é claro.
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