Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
PSG supera Bayern em quase tudo, consegue o 'impensável' e vai à semifinal
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O Paris Saint-Germain superou o Bayern de Munique em todos os aspectos nesta terça-feira e conseguiu o que parecia "impensável": eliminar o campeão europeu e seguir adiante para as semifinais da Liga dos Campeões.
Só faltou o PSG superar o Bayern no placar. Perdeu por 1 a 0, em Paris. Mas avançou pelos gols marcados fora de casa (o placar agregado foi de 3 a 3). Faltou superar Neuer, o melhor em campo nesta terça. Mas o goleiraço alemão havia falhado na ida, ao levar um frango no primeiro gol de Mbappé, e o esforço para se redimir acabou em vão.
O PSG chega à terceira semifinal de sua história. Vai enfrentar ou o Manchester City, em busca de um novo "impossível", ou o Borussia Dortmund, de Haaland.
O Paris foi melhor taticamente, conseguindo as soluções para fechar os espaços do Bayern e ceder um número considerável de chances a menos do que cedeu na partida de Munique. Mas, essencialmente, o PSG foi melhor individualmente.
Foi um jogo incrível de praticamente todo o time, até mesmo dos laterais, reservas, que conseguiram segurar as pontas. Até porque os pontas, Coman e Sané, erraram tudo o que tentaram. O Bayern sentiu mais falta de Gnabry, substituído nos dois jogos pelo ineficiente Sané, do que de Lewandowski - afinal, Choupo-Moting fez um gol em cada jogo, não dá para reclamar muito.
No meio, Goretzka também fez falta. E, no fim das contas, a saída de Thiago para o Liverpool foi ruim para todo mundo - para o Bayern, para Thiago e, se bobear, até para o Liverpool.
O português Danilo, jogando improvisado na zaga no lugar de Marquinhos, foi um paredão para o PSG. Paredes foi perfeito nos desarmes e muito importante no desafogo, na saída de bola e conexão com os homens de frente. E Di María e Neymar foram um show à parte. Di María é aquela coisa, uma no cravo outra na ferradura. Hoje, fez uma partidaça. Não perdeu bolas, recebeu faltas, segurou, driblou e armou um monte de contra ataques.
Neymar, da mesma forma, foi brilhante para fazer o jogo de transição do Paris funcionar. A única coisa que afastou Neymar dos gols foi a trave. Na primeira, ele pedalou e chutou bem, Neuer ainda tocou nela antes da trave. Na segunda, ele dá um tapa maravilhoso, tira do goleiro, mas ela toca caprichosamente no travessão. A terceira dá para chamar de gol perdido. Recebeu passe de Mbappé frente a frente com Neuer e chutou na trave.
Mbappé hoje foi mais arco do que flecha. Nas duas bolas que teve limpas, em uma o impedimento foi mal marcado, em outra ele chegou a fazer o gol, mas aí o impedimento, de fato, existiu.
Nos minutos finais, o Bayern se instalou dentro da área, a bola cruzou para lá e para cá, mas foi simplesmente um mau jogo do time alemão tecnicamente. Sem qualquer inspiração. O abafa foi apenas isso, um abafa.
Pior em Munique, o Paris saiu da Alemanha com a vitória graças ao brilho de Mbappé. Melhor em Paris, o PSG perdeu. Mas levou. De azarão a favorito, já que o número um da lista foi embora para casa.
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