Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
'Surgimento' de Pérez pode mudar andamento da temporada da F-1
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Mais inesperado do que o acidente de Max Verstappen foi o erro de Lewis Hamilton. E, assim, o GP do Azerbaijão, que acabaria com o holandês em primeiro e o inglês em terceiro, acabou com os dois melhores pilotos da temporada e do mundo sem pontuar.
Para a equipe Red Bull, o sonho virou pesadelo, mas o pesadelo até que acabou em final feliz. Depois da batida de Verstappen, foi um consolo e tanto ver Hamilton jogar a segunda colocação fora.
Mas a grande notícia mesmo, que pode mudar o andamento do resto da temporada, foi o "nascimento" de Checo Pérez na equipe. O mexicano ganhou a corrida de Baku, herdando a posição de Verstappen. Mas ele fez muito mais do que isso. Ele realmente fez por merecer a vitória.
Logo na primeira volta, o mexicano pulou de sexto para quarto, passando Sainz e Gasly e mostrando que estava disposto a fazer uma prova decente - nas cinco primeiras corridas da temporada, ficara fora do pódio, vendo de longe, e sem poder ajudar, a luta de seu companheiro, Verstappen, contra Hamilton.
Depois da ótima primeira volta, Pérez passou Leclerc e, nos boxes, ganhou a posição de Hamilton. Teve o mérito de segurar o heptacampeão do mundo atrás dele durante a corrida toda, pilotando sem cometer erros. Depois do acidente de Verstappen e da relargada, o mexicano segurou a posição para ganhar a segunda corrida de sua carreira.
Enquanto isso, lá atrás, Valteri Bottas terminava a prova em 12o lugar com a outra Mercedes.
Se, nas primeiras batalhas do ano, a Mercedes jogava em uma espécie de 2 contra 1 para cima da Red Bull, no Azerbaijão ocorreu justamente o inverso. Pérez foi capaz de ajudar a equipe contra Hamilton, enquanto Bottas sumiu da disputa. O mexicano era quem tinha o pescoço a prêmio. Agora quem parece que não vai se sustentar no cargo até o fim do campeonato é o finlandês.
Será que a tendência de manterá para o resto do campeonato? Não sabemos. É claro que depende da pista, de como cada carro se comporta, do desenvolvimento que ocorrerá para a segunda metade, etc. Mas o fato é que a Red Bull parecia ser uma equipe de um piloto só, correndo contra sozinho contra a toda-poderosa Mercedes. E, agora, pode ser que a dinâmica seja modificada.
Não foi o fim de semana perfeito em Baku. Mehor seria se Verstappen vencesse, com Pérez em segundo e Hamilton ficando para trás no campeonato. Mas, dadas as circunstâncias, o chefe Christian Horner tem motivos para sorrir. A Red Bull, afinal, depois de tantas tentativas, parece ter encontrado alguém para ajudar seu holandês voador.
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