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Julio Gomes

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Galo derruba última resistência e escancara domínio brasileiro na América

Hulk chegou ao 18º gol com a camisa do Atlético-MG e também à 11ª assistência pelo alvinegro - Agência I7/Mineirão
Hulk chegou ao 18º gol com a camisa do Atlético-MG e também à 11ª assistência pelo alvinegro Imagem: Agência I7/Mineirão

18/08/2021 23h40

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Atlético, Palmeiras e Flamengo estão nas semifinais da Libertadores. Os três maiores orçamentos, os três clubes que montaram elencos mais fortes e estrelados. O poder financeiro acaba de se traduzir perfeitamente em resultado. São os três melhores do Brasil e os três melhores do continente.

Nos últimos anos, Boca Juniors e River Plate foram a "resistência" ao domínio brasileiro. Normal, pois são clubes gigantescos, de um país tradicional e vencedor, e também com mais dinheiro do que os "co-irmãos" locais e outros vizinhos. O Boca ficou para trás. O River ainda tinha a continuidade do trabalho de Gallardo. Mas nada mais emblemático do que ter perdido seu "cérebro", Nacho Fernández, justamente para o Atlético. Caiu a última resistência.

A vitória contundente do Galo, passando o carro para cima do River, é emblemática. Ela representa a passagem de bastão.

Pela primeira vez, cinco times de um mesmo país nas quartas de final. Pela primeira vez, três times de um mesmo país nas semifinais. E talvez sejam quatro. E talvez o domínio se repita também na Sul-Americana. O domínio brasileiro no continente, que já existia, agora ficou escancarado. O dinheiro manda, sempre mandou.

Não sei se haverá alguma "reação" da Conmebol em busca do equilíbrio, mas duvido. O que estamos vendo na Libertadores-2021 é a tendência para os próximos anos. Por pior que vá nossa economia, ela é, de longe, a mais robusta e importante no continente. Demorou para se refletir desta maneira no futebol, mas chegou a hora.