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Salah tenta arruinar Copa de Camarões para encontrar Mané na final africana
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Salah x Mané. O confronto entre os dois astros do Liverpool já está marcado para março, quando Egito e Senegal decidirão, em partidas de ida e volta, um classificado do continente africano para a Copa do Mundo. Mas eles podem se encontrar em lados opostos antes disso e por algo maior. Podem fazer a final da Copa Africana de Nações no domingo, uma decisão que chamaria a atenção de todo o planeta bola.
Ainda falta uma barreira, porém. E ela não é pequena. Hoje, o Egito enfrenta o anfitrião Camarões e um estádio cheio em Yaoundé para chegar à decisão (o jogo será às 16h, com transmissão ao vivo da Band).
Camarões não é uma seleção qualquer e é considerado por muitos o número 1 da África. Porque se os títulos de Copa Africana são cinco, contra sete do Egito, é preciso considerar que os egípcios ganharam as duas primeiras edições com apenas três participantes em cada, uma delas sob a bandeira de uma seleção unida com a Síria, que nem no continente fica. Foi na mesma época em que países conseguiam a independência e viravam, de fato, países na África.
É preciso levar em conta também que Camarões é a seleção africana que mais esteve em Copas do Mundo (sete vezes) e foi a primeira a atingir as quartas de final, enquanto o Egito jogou só três Mundiais e nunca venceu um jogo sequer.
Qual a grande seleção africana da história? A melhor maneira de discutir essas coisas é sempre no campo.
Esta será a primeira semifinal de Copa Africana entre os dois maiores campeões, mas eles já disputaram três decisões. O Egito levou a melhor nas duas primeiras, em 1986 e 2008, mas Camarões deu o troco mais recentemente, ganhando a decisão de 2017 e evitando o que seria o primeiro título de Salah com seu país.
Depois da partida extraordinária contra Marrocos, domingo, carregando o time nas costas e fazendo um gol e uma assistência para virar o jogo, Salah voltou a ser o grande centro das atenções no torneio. Os números não são de chamar tanto a atenção. Mas a prática é. O Egito tem, entre as forças africanas, a seleção mais doméstica e menos "europeia". Nas quartas, sete titulares atuavam em times locais.
O time é organizado taticamente - o técnico é o experiente Carlos Queiroz -, mas falta talento, falta companhia ao astro, falta gente que possa criar jogo na frente. Tudo passa por Salah, que, por sua vez, atua pela direita, sem querer aparecer em todo o campo e carimbar todas as jogadas. Ele cumpre a função tática e ao mesmo tempo dá o brilho necessário.
Os artilheiros do torneio, no entanto, vestem a camisa dos Leões Indomáveis. Aboubakar, que fez carreira no Porto e hoje está no Al Nassr (Arábia Saudita), e Ekambi, do Lyon, marcaram, juntos, os 11 gols de Camarões no torneio. O Egito anotou só quatro gols em cinco partidas - mas também só sofreu dois.
Será um confronto de estilos, e o Egito deverá ter em campo o terceiro goleiro - o titular se machucou nas oitavas, o reserva imediato, nas quartas. Camarões, com o ímpeto típico dos times da casa, pode ser considerado favorito. Mas o outro lado é quem tem Salah.
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