Quem são os reforços 'egípcios' que o Al Ahly pode ter contra o Palmeiras?

Sete jogadores que estavam com a seleção egípcia no vice-campeonato da Copa Africana de Nações desfalcaram o Al Ahly na estreia no Mundial de Clubes, sábado, em um patético conflito de calendário gerado pela Fifa - que imaginava, talvez, que o Egito, maior campeão africano, pudesse ficar fora da decisão.

Destes sete, cinco são titulares absolutos do Al Ahly, mas dois se machucaram no torneio e nem mesmo puderam ser inscritos no Mundial da Fifa: o veterano goleiro El Shenawy e o lateral/volante Tawfik. Ambos atuaram como titulares contra o Palmeiras no jogo entre os times no Mundial passado (disputa do terceiro lugar).

Os outros cinco convocados pelo Egito foram inscritos e se apresentaram em Abu Dhabi ontem, véspera da semifinal. A questão agora é saber se serão usados pelo técnico Mosimane hoje, contra o Palmeiras.

Quando Tawfik se machucou logo no início do jogo contra a Nigéria, na estreia do Egito na Copa Africana, entrou em campo o jovem zagueiro Abdelmoneim, 23, que acaba de retornar de um empréstimo que o Al Ahly fizera para o Future. Ele seguiu como titular durante todo o torneio de seleções, foi um dos destaques do Egito e até eleito o melhor em campo na semifinal, contra Camarões.

Outros que jogaram quase a Copa inteira (seis dos sete jogos) foram os volantes Fathi, 27, e Soulia, 31. Fathi foi titular em quatro partidas, enquanto Soulia foi titular em seis. Os dois começaram o jogo no ano passado, contra o Palmeiras, e são peças fundamentais do meio de campo do Al Ahly.

Chegam com as pernas pesadas - é bom lembrar que o Egito jogou quatro prorrogações no mata-mata da Copa Africana - e após uma longa viagem. Talvez a frustração da derrota na final possa se transformar em vontade de jogar, e aí caberá a Mosimane decidir. Ao contrário do zagueiro Abdelmoneim, Fathi e Soulia são jogadores que estão há mais tempo no clube e conhecem treinador e sistema.

Outro que foi titular contra o Palmeiras e jogou a Copa Africana é o polivalente Ashraf, que pode atuar na zaga, lateral-esquerda ou como volante. Ele foi titular do Egito na primeira fase toda e nas quartas de final, contra Marrocos, mas não entrou em campo na semi e na final. É um que está com ritmo de jogo e não jogou na última semana.

Ahsraf cometeu o pênalti, nas quartas, que acabou no único gol sofrido pelo Egito em todo o mata-mata - foram três 0 a 0 e a vitória por 2 a 1 sobre Marrocos. Ele começou a partida no meio de campo e depois ocupou a zaga, que é a posição em que costuma jogar no Al Ahly.

Ele e o atacante Sherif são as apostas principais de jogadores que podem ser usados ao longo da partida contra o Palmeiras. Sherif, camisa 10 do Al Ahly, não foi titular em nenhuma partida do Egito, mas veio do banco em quatro ocasiões. No ano passado, ele entrou no segundo tempo das partidas contra o Bayern e o Palmeiras.